Adoçante à base de sucralose não deve ser usado em bebida quente, diz estudo da Unicamp

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Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e publicada na revista Nature, mostrou que usar adoçante a base do componente sucralose pode ser prejudicial quando  misturado com alimentos quentes. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas realizaram experimentos que mostraram que a molécula de sucralose quando é aquecida libera substâncias tóxicas ao organismo.

Um dos adoçantes mais utilizados no mundo, a sucralose é um derivado do açúcar da cana, mas modificado em laboratório através de processos químicos. Os pesquisadores descobriram que se aquecida a uma temperatura de 90º por mais de 15 minutos, ocorre uma alteração em sua composição.

Além de serem substâncias tóxicas, a sucralose liberou substâncias cumulativas no organismo. As principais foram os “HPAs”, que são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, que são semelhantes aquelas moléculas encontradas na gordura do churrasco, que também tem grande potencial cancerígeno. Os pesquisadores também identificaram na modificação da sucralose o ácido clorídrico.

Pesquisadores afirmam que sucralose pode liberar substâncias tóxicas.
Pesquisadores afirmam que sucralose pode liberar substâncias tóxicas.

A atenção com a sucralose também deve ser ampliada na preparação de bolos e doces, já que a temperatura nos fornos pode passar de 200ºC, liberando as substâncias tóxicas. A pesquisa também concluiu que sem aquecimento e consumida com moderação, a sucralose não faz mal nenhum à saúde. O próximo passo da pesquisa será realizar testes em animais.

Fonte: g1.globo / nature/ unicamp
 Imagens: Reprodução/ thaissacarvalho/ belezaf5