Estudo prova que pessoas que costumam expressar gratidão passam por modificações positivas no cérebro

Um artigo publicado na revista científica NeuroImage revelou que ser grato pelas pequenas coisas da vida pode causar grandes mudanças no comportamento cerebral. O estudo, mediado pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mostrou que exercitar sua gratidão por meio  da escrita, faz com que seu cérebro fique ainda mais condicionado a ser grato, trazendo com isso benefícios e bem estar pela liberação de hormônios.

A pesquisa contou com 43 voluntários que passavam por terapia para tratar depressão e problemas relacionados a ansiedade. Todos foram recrutados para uma terapia em grupo semanal, mas apenas 22 deles foram chamados para a “sessão de gratidão”. Outros 21 não participaram do exercício.

Nos três primeiros encontros, os participantes do grupo “gratidão” passaram cerca de 20 minutos escrevendo cartas onde mostravam gratidão pessoas que, em tese, teriam feito grandes doações de dinheiro à pesquisa. O conteúdo da carta continha palavras de agradecimento pelos investimentos. Ao mesmo tempo seus cérebros eram examinados.

Os resultados dos testes foram bem claros: quem escreveu as cartas, demonstrou mais atividade cerebral nas áreas relacionadas ao sentimento de gratidão. É um sentimento único. E o mais empolgante é que o efeito de “exercitar a gratidão” é realmente duradouro: seja duas semanas ou três meses depois da experiência, é como se a massa cinzenta se “lembrasse” do comportamento carinhoso e passasse a agir mais dessa forma. No artigo, os autores compararam esse treinamento a como exercitar um músculo: quanto mais você pratica a gratidão, mais predisposto estará a senti-la facilmente no futuro.

Os testes mostraram que sentir gratidão modifica o cérebro, ajuda a diminuir a depressão e passar mais tempo com aquele calorzinho bom de se sentir feliz com a ajuda de alguém.

Fonte: revistagalileu  Imagens: Reprodução/liaclerot