Animais comem uns aos outros para sobreviverem em zoológico abandonado no Iêmen. Imagens fortes!

O Rei da Selva, denominação do leão, costuma passar uma imagem de vigor. Mas no caso do zoológico de Taiz, sul do Iêmen, ele e outros animais, como leopardos, foram esquecidos e não receberam alimentação por meses. O estado deplorável em que se encontram as espécies se justifica, basicamente, pela guerra civil em que se encontra o país desde 2015, deixando 82% de sua população sob demanda de algum tipo de ajuda humanitária (segundo dados da ONU). Por conta disso os animais ficaram abandonados no zoológico vazio.

Famintos, os bichos começaram a comer uns aos outros e até a se automutilar para sobreviverem. A morte ronda cerca de 280 deles, e o canibalismo se tornou uma solução bárbara encontrada pelo instinto animal. A situação do zoo revela os limites da natureza selvagem: um leopardo macho comeu sua companheira na jaula.

Na época, a triste situação, porém, mobilizou uma campanha pelo Facebook, em nome de Taiz Zoo para que alguns desses animais sejam salvos, são 20 leões e 26 leopardos árabes raros. Espécie em extinção, o leopardo árabe vive a ironia de se extinguir não pela caça predatória ou pela mudança climática, mas simplesmente pelo abandono, sem nenhuma contrapartida pela perda de sua liberdade.

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Em cinco meses, 11 leões e seis leopardos morreram.  Entre os felinos que agonizam também estão linces e hienas. Mas outras famílias de mamíferos também estão sendo corroídas pela fome, como órix (antílope), cobras, crocodilos, babuínos, corujas, papagaios, emas, falcões e até mesmo abutres.

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Fonte: ipuonline/ tribunahoje/ traveller24ciclovivo/ extra    Imagens: ciclovivo/ extra /ipuonline