Stephen Hawking prevê que os humanos não durarão mais mil anos na Terra

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Enquanto muitos temem um suposto fim do mundo causado por algum elemento vindo de fora, Hawking faz eco a vários outros cientistas mostrando que essa destruição começa aqui mesmo, dentro de casa. Há pouco mais de um ano atrás, ele já havia afirmado que a inteligência artificial poderia ser uma das responsáveis por essa catástrofe. Embora pareça enredo de ficção científica, Hawking não acha nada improvável que nossa relação de mútua dependência com as máquinas possa sofrer uma ruptura conforme a tecnologia avança, a partir do momento em que estas se tornem tão “inteligentes” a ponto de não precisarem mais dos seres humanos para funcionar.

Isso não parece algo tão surreal se pararmos para pensar que as máquinas já estão substituindo os seres humanos em diversas áreas, como no mercado de trabalho e até mesmo nas relações sociais.  O filme “Her” mesmo é uma alusão clara a esse fenômeno. A história do homem que, decepcionado com as relações interpessoais, inicia um relacionamento com um sistema operacional, por mais absurda que pareça acaba por se tornar uma representação caricata do homem contemporâneo que se encontra tão deslumbrado com a tecnologia a ponto de esquecer que ela  AINDA é uma mera criação humana.

Agora, em entrevista a BBC, Hawking acrescenta mais três elementos a essa lista, sendo um deles já bem conhecido nosso. Ele mesmo, o aquecimento global. Se por um lado alguns estudiosos tentam nos convencer de que esse suposto aumento de temperatura não passa de um fenômeno natural e que toda ideia contrária não passa de ingênua “teoria de conspiração”, Hawking discorda diretamente dessa hipótese, afirmando de maneira enfática ser este um fenômeno provocado por interferência humana, mas que pode se tornar autossustentável a qualquer momento, como uma bomba relógio que, uma vez programada, não para de funcionar até que exploda tudo ao seu redor.

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E por falar em explosão, uma das outras possibilidades citadas por Hawking diz respeito aos arsenais de armas nucleares cada vez mais numerosos, que movidos pela agressividade humana, podem dar cabo do planeta inteiro a qualquer momento. E não são apenas as armas em macroescala que preocupam o cientista. Lembra da saga Resident Evil, em que um minúsculo vírus desenvolvido por uma corporação pôs uma cidade inteira em estado de caos absoluto?  É outra história que, para ele, não fica apenas nos games ou nos filmes, podendo muito bem sair das telas para o mundo real, a menos que repensemos a influência que, como seres racionais, temos exercido no planeta.

Caso contrário, como o próprio Hawking não titubeia em afirmar, simplesmente não haverá mais planeta. Pelo menos, não esse. Teremos que contar com a mesma tecnologia que nos destruiu para nos salvar com a possibilidade de, talvez, um outro lugar para viver. Algo que, SE acontecer, não levará menos que uns 100 anos, no mínimo.  Caso a Terra resista até lá, resta pensarmos se a humanidade como está agora é mesmo capaz de fazer uma história diferente num outro mundo. Ou se, na verdade, a mudança que deva ocorrer não seja, necessariamente, de planeta.

Fontes: iflscience/ misteriosdomundo/ bbc    Imagens: Reprodução/ batanga/ dailytimesgazette