Pesquisadores descobrem como “desligar” o câncer transformando células doentes em saudáveis novamente.

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Pesquisadores encontraram, através de experiências, um código com capacidade de desativar o câncer. Estes experimentos consistiam em  transformar células cancerosas da bexiga e da mama, novamente em células benignas.

Futuramente, pode ser possível que vários outros tipos de câncer possam ser  alcançados por este novo meio, que manifesta uma  biologia inovadora que providência o código capaz de desligar a doença, uma nova tática para o tratamento. Mesmo com os progressos na área da medicina, o câncer mata milhões de pessoas por ano, cerca de 7,6 anualmente. A pesquisa ainda está no seu início, porém já aumenta a esperança de que a doença faça menos vítimas no futuro.

Diferente da ação dos tratamentos convencionais, que incidem em atacar o câncer diretamente. A pesquisa dos Estados Unidos tem por objetivo desarmar as células cancerígenas e torna-las inofensivas. A novidade tem seu foco na proteína denominada PLEKHA7 que auxilia as células benéficas a se juntarem.

A descoberta, da Clínica Mayo, localizada na Flórida, expôs que a proteína começa a faltar ou a ficarem deficiente em pacientes agredidos pelo câncer, nos mais diferentes tipos. Quando isso ocorre, as instruções genéticas  importantes para as células mudam e faz com que se tornem cancerígenas. Um grupo de pesquisa, sob a liderança de Panos Anastasiadis foi capaz de repor as instruções da proteína, fazendo com que a doença fosse desligada.

Através de experimentos, foi possível recuperar células cancerígenas da bexiga,  que são extremamente  ameaçadoras. “As experiências iniciais em alguns tipos de câncer agressivos são realmente muito promissoras”, relata Anastasiadis. Segundo o mesmo, a abordagem que tem detalhes na revista Nature Cell Biology é aplicável a maioria dos cânceres, menos o do cérebro e sangue. Mas, poderia promover a cura do câncer de pulmão, um dos que mais matam no mundo.

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Porém, mais pesquisa é preciso antes que a técnica tenha testes realizados em humanos. Mesmo que esta terapia seja eficaz, é provável que os pacientes ainda necessitem de quimioterapia.

Especialistas britânicos definiram a pesquisa como absolutamente fascinante, porém alertam que ainda existe um longo caminho a percorrer, para de fato ajudar os pacientes.

Henry Scowcroft, gerente de informação científica sênior da Cancer Research UK, disse: “Este importante estudo resolve um mistério biológico de longa data, mas não devemos ficar à frente de nós mesmos. Há um extenso caminho antes de acharmos esses resultados, em células cultivadas em laboratório, para poder auxiliar a tratar pessoas com câncer”. Ele acrescentou ainda que essa pesquisa tem importância fundamental, caso o progresso  na luta contra o câncer continue, como visto nos últimos anos.

Fonte: jornalciencia/dailymail      Imagens: Reprodução/ dfelipe/noticiasuol