Aparelhos auditivos têm sido, há muito tempo, os verdadeiros salvadores das pessoas que apresentam algum tipo de perda nesse sentido. Seja esta ocasionada por alguma doença, ou por exposição a ruídos numa altura maior que a tolerada pela delicada estrutura do ouvido humano, ou ainda por envelhecimento mesmo, eles devolvem a vida normal a essas pessoas atuando como amplificadores dos ruídos.
Entretanto, mesmo essas maravilhas da tecnologia estão longe de serem tão perfeitas quanto o corpo humano. Embora esses dispositivos ajudem e muito, quem está realmente recebendo os sons ainda é o próprio ouvido. E sendo que os aparelhos apenas “ampliam” os ruídos que o indivíduo ainda é capaz de ouvir, eles continuam sendo totalmente inúteis em pessoas que perderam por completo a audição, já que, da mesma forma que “zero” multiplicado por “mil” continua sendo “zero”, nenhum som multiplicado por si mesmo várias vezes continua sendo nenhum som.
Mesmo essa lacuna, no entanto, parece estar com os dias contados. Com a ajuda de uma impressora 3D (ela de novo) cientistas da Universidade de Princeton desenvolveram uma orelha biônica com células de cartilagem de verdade que não somente pode ouvir, como ainda o faz numa frequência superior a alcançada pelo ouvido humano. O dispositivo não somente lembra muito uma orelha, como possui uma espécie de “cóclea”, uma estrutura em espiral no centro que atua mais ou menos como a que nós mesmos temos em nosso canal auditivo.
Mas se você já está aí todo animado pensando em implantar a sua própria orelha biônica, é melhor sossegar. Para que ela funcione devidamente numa pessoa, é preciso que seja conectada ao nosso sistema nervoso, o que ainda está em fase de desenvolvimento. Enquanto isso não acontece, o melhor a fazer ainda é cuidar bem do seu ouvido “original de fábrica”.
Fonte: myscienceacademy/ Usatoday Imagens: myscienceacademy/ Usatoday