Você usa adoçante regularmente? Sabe qual a diferença entre a stevia, aspartame, sacarina, ciclamato e sucralose? Qual é o melhor para você?

Os adoçantes foram descobertos há mais de 50 anos para adoçar a vida das pessoas com todos os tipos de diabetes, no entanto, atualmente vem sendo produtos utilizados por muitas pessoas, inclusive aquelas que não são diabéticas. O produto serve para substituir o açúcar e, portanto, está presente na alimentação de indivíduos que querem emagrecer evitando as calorias fornecidas pelo açúcar refinado.

Mas na hora de escolher um produto na prateleira dos supermercados surgem várias dúvidas. Confira a lista dos adoçantes naturais e artificiais mais utilizados e escolha o melhor.

1- Stevia

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O seu poder adoçante pode ser 300 vezes superior à sacarose. Não contêm calorias. Extraído da planta stevia rebaudiana, planta nativa da América do Sul. Uma vez que a stevia é uma planta ela contém outras propriedades que complementam o seu poder adoçante. Estudos apontam o seu poder em suprimir o crescimento bacteriano nos dentes, regula a pressão arterial, tem poder diurético e de regular os níveis de açúcar no sangue. Não houveram ainda efeitos colaterais associados, por isso deve sempre que possível ser o edulcorante de escolha. O seu sabor doce não é afetado pelo aquecimento então pode ser utilizada em chás e outras bebidas, além do preparo de sobremesas em substituição ao açúcar. Existem diferentes produtos que oferecem a stevia associado a outros adoçantes (por exemplo, ciclamato e sacarina) enquanto outros oferecem a stevia pura. É considerado o melhor adoçante entre todos.

2- Aspartame

aspartame

É o adoçante artificial com menos de quatro calorias, o aspartame tem sabor semelhante ao do açúcar e é um dos mais consumidos no Brasil. Seu poder adoçante é até 220 vezes mais que a sacarose e não deixa sabor residual. O aspartame é composto de ácido aspártico, fenilalanina, dois aminoácidos naturalmente encontrado nos alimentos. É o adoçante mais polêmico no mercado, e já se tem conhecimento de 92 efeitos colaterais associados ao seu consumo. Embora não se conheça todos os efeitos que o aspartame pode provocar a longo prazo, algumas pessoas são sensíveis a este composto e a dor de cabeça é o principal efeito adverso atribuído ao seu consumo. Também vem sendo associado a ataques de pânico, alterações de humor, episódios de mania e alucinações visuais. Não é estável em altas temperaturas e pode modificar o sabor se for ao fogo.

3- Sacarina

 

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Adoçante mais antigo do mundo, a sacarina é obtida através do ácido toluenossulfônico e do sulfonobenzóico, substâncias derivadas do petróleo. De sabor amargo, o ingrediente não tem calorias, porém, carrega alta quantidade de sódio e, portanto, deve ser evitado por hipertensos. Seu poder adoçante é a até 700 vezes maior que o açúcar refinado, mas pode deixar sabor residual na boca. Possui alta estabilidade em temperaturas elevadas. Na década de 80 foi associada a um maior risco de câncer de bexiga, a partir de estudos com ratos e o seu uso foi limitado. Pessoal com alergia a sulfa também devem evitar consumir alimentos contendo sacarina, pois a molécula de sacarina é um derivado da sulfa.

4- Sucralose

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Único adoçante extraído da cana-de-açúcar, a sucralose é a substância que tem o sabor mais parecido com a versão branca e refinada e seu poder adoçante é 600 vezes maior. Um processo adicionando cloro nas moléculas da sacarose formam a sucralose que, embora adoce, não pode ser metabolizada e nem absorvida pelo organismo. É altamente estável em temperaturas elevadas podendo ser usada em produtos esterilizados, UHT, pasteurizados e assados. Além disso, pode ser utilizada em gelatinas e pudim em pó, sucos, compotas de frutas e adoçantes de mesa. Não apresenta calorias. Não é digerida pelo organismo.

5- Ciclamato

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Se houvesse um adoçante comercial composto 100% por ciclamato, uma pessoa de 70 kg poderia consumir diariamente, no máximo, seis sachês. Mas não há marca comercial que utilize apenas o ciclamato na composição. Ele está sempre associado a outros adoçantes e, dessa forma, a quantidade presente nos produtos é muito pequena. É amplamente utilizado em produtos alimentícios e farmacêuticos. No final da década de 1960, iniciaram-se alguns estudos sobre sua toxicidade, já que a metabolização do ciclamato pelo organismo gera um produto tóxico com ação carcinogênica. Adoça 50 vezes mais que o açúcar.

Então qual é a recomendação quando falamos de adoçante?

A recomendação dos nutricionistas é procurar usar a stevia (o adoçante mais natural), inclusive os diabéticos. No entanto, o consumo de muitos alimentos contendo adoçantes artificiais deve ser desencorajado, pois não contem valor nutricional, “engana” o organismo que pensa que está comendo algo doce e possuem moléculas com efeito tóxico, sobretudo se forem adoçantes artificiais.

 

Fonte: uol/terra/bolsademulher   Imagens: imagens/select/dreamstime/madsci/imeoobesidad