Novo procedimento de tatuagem deixa cicatrizes de queimaduras invisíveis!

As lesões deixadas por cicatrizes e queimaduras podem traumatizar e destruir a vida social das pessoas. Muitas vezes as lesões afetam o rosto e pescoço deixando a pessoa ainda mais isolada da sociedade. Isso pode resultar em conflitos emocionais, depressão e até tentativas de suicídio.

Muitos procedimentos cirúrgicos ajudam a disfarçar as lesões, no entanto, nem sempre alcançam um resultado favorável. Muitas lesões de queimaduras, por exemplo, atingem uma camada tão profunda na pele, que nem mesmo os enxertos deixam a região 100% perfeita.

Pensando nisso, tatuadores desenvolveram uma técnica sensacional que imita com fidelidade a textura e cor da pele, podendo esconder cicatrizes, marcas e queimaduras (até mesmo queimaduras de terceiro grau) com quase 100% de perfeição. Foi o que aconteceu com iraquiana Basma Hameed, de 28 anos, vítima de um ataque violento em 2013. Suas lesões abrangeram em torno de 40% de seu rosto. Ela passou por cerca de 100 procedimentos cirúrgicos e não conseguiu que sua pele tivesse uma aparência próximo do normal. Foi então, que lhe foi apresentada a técnica de pigmentação natural da pele por meio de tatuagens especiais, onde também lhe foi recuperada a marca das sobrancelhas.

Depois do sucesso alcançado pela técnica, Basma resolveu aprofundar os conhecimentos sobre o assunto e aprimorar a técnica. Ela desenvolveu uma nova metodologia que chamou de “micropigmentação paramédica”, uma espécie de tatuagem em que a filosofia central é gerar a cobertura de lesões, queimaduras e cicatrizes com a cor original que a pele tinha antes do acidente. A nova tecnologia é ainda desconhecida e obviamente não há muitos especialistas na área. Há uma dificuldade muito grande em alcançar a perfeição na cor da pele do paciente, sobretudo no rosto, onde não há margem para erros.

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Basma testou o novo procedimento no próprio rosto criando os próprios corantes e obteve sucesso, conseguindo camuflar suas marcas com grande perfeição. Agora, sua clínica já está funcionando em North York, no Canadá e também em Chicago, nos EUA. Vários clientes retomaram sua autoestima. Uma de suas clientes, Samira Omar, de 17 anos, sofreu um ataque com água fervente jogada por “colegas” de escola durante uma prática de bullying. Após o tratamento com a tatuagem estética, ela retomou sua vida.

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“Ao longo dos anos, desenvolvi minhas próprias pigmentações. Sei como a pele danificada reage a diferentes tipos de cores e também sei qual é o limite das minhas intervenções, o quanto a pele pode aguentar”, diz Basma.

Assista ao vídeo mostrando como Basma tatua a pele lesionada:

Fonte e imagens: jornalciencia