Coração mecânico inventado por brasileiro já está pronto para ser usado em humanos

A criação do coração artificial é do engenheiro mecânico brasileiro Aron de Andrade, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (SP). Inventado em 2000, o órgão artificial é ligado ao natural e alimentado por um motor elétrico. Antes desse desenvolvimento, havia um procedimento no qual o coração natural tinha que ser retirado na operação e substituído pelo artificial, que não durava muito tempo. No molde brasileiro, porém, nada é extraído. De acordo com Andrade, as vantagens desse padrão são muitas, como tornar a própria cirurgia bem mais simples.

O coração artificial é de poliuretano, pouco maior que uma laranja e pesa 700 g. Resultado de 14 anos de pesquisas comandadas por Andrade, a peça está, desde abril, pronta para ser aplicada em seres humanos. A ideia é que o coração artificial dê sobrevida aos pacientes até o recebimento do transplante. Só em São Paulo, segundo a Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, há 109 pessoas na fila de espera do transplante cardíaco. Grande parte precisando de uma doação o mais rápido possível.

Além de tornar a cirurgia mais simples, outro benefício de não retirar o órgão é que ele pode continuar ditando a frequência do bombeamento de sangue, o que não requer adaptação. Além disso, o modelo traria mais segurança. Se o coração artificial parasse por algum motivo, o natural enfraquecido ficaria como responsável pelo bombeamento. Em outros lugares que se utiliza a técnica, quando o coração artificial para o paciente desmaia na hora.

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Feito de poliuretano e titânio, o primeiro coração artificial brasileiro começará a ser aplicado em humanos a partir de junho de 2014. A promessa é ser mais eficiente que os corações artificiais internacionais. Foto: Reprodução/galileu

Existe ainda a possibilidade de por estar no corpo do paciente sem ser exigido e mantendo sua frequência por meio do dispositivo artificial, cogita-se que o coração natural possa ser recuperado depois de um bom tempo de uso. Mas isso para alguns médicos trata-se de uma utopia, que se de fato ocorresse se tornaria uma revolução na medicina.

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O dispositivo brasileiro é o primeiro do mundo que não remove o coração natural. Acoplado ao órgão, funciona como auxiliar, ajudando a bombear o sangue por um ou dois ventrículo(s) prejudicado(s). Foto: Reprodução/galileu

Fontes: wikipedia e revistagalileu