Médico luta para que a licença menstruação seja aceita em todo mundo. Que tal?

Após conviver com mulheres reclamando dos males das dores menstruais e da TPM, o médico obstetra e ginecologista Gedis Grudzinskas, levanta a bandeira de que mulheres necessitam de uma licença menstrual todos meses, assim como acontece com a licença maternidade em todas as vezes que tem um filho. E assim como a licença maternidade, a licença menstrual não deve interferir na sua progressão de carreira dentro da empresa.

Segundo ele, algumas mulheres realmente se sentem mal quando estão menstruando. Trabalhar para muitas delas é algo doloroso e seu estado emocional fica muito abalado.  A licença menstrual iria aumentar a motivação e produtividade das mulheres que passariam a executar suas tarefas com muito mais atenção não sendo obrigadas a trabalhar enquanto estão de TPM.

A proposta do médico pode parecer estranha mas de fato alguns países asiáticos já colocaram esta lei em vigor e em muitas empresas, mulheres menstruadas não trabalham. Em Taiwan, de acordo com a legislação, mulheres podem ficar em casa 30 dias a cada ano por motivo menstrual (além das férias remuneradas). Na Indonésia, as mulheres passam dois dias por  mês do período menstrual sem ir ao trabalho. No Japão algumas empresas também remuneram a licença menstrual.

 Esta questão já vem sendo discutida desde a década de 30 quando a maioria das mulheres que estavam ingressando no mercado do trabalho eram jovens. Naquela época, as instalações sanitárias eram precárias e então por um tempo, decidiu-se que durante a menstruação as mulheres deveriam ficar em casa. Com o tempo, isso foi caindo por terra, uma vez que surgiram os absorventes higiênicos descartáveis e melhores condições sanitárias nas fábricas.

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Após conviver com mulheres reclamando dos males das dores menstruais e da TPM, o médico obstetra e ginecologista Gedis Grudzinskas, levanta a bandeira de que mulheres necessitam de uma licença menstrual todos meses, assim como acontece com a licença maternidade em todas as vezes que tem um filho. Foto: Reprodução/ dicasdemulhar

O médico defende esta proposta e ainda elucida a brilhante ideia do Google, Apple e Facebook de incentivarem  e bancarem os gastos de suas funcionárias para que elas tenham seus óvulos congelados, garantindo assim, que poderão ter seus filhos saudáveis no futuro sem necessitar engravidar enquanto estão em crescimento profissional.

Os homens são, obviamente, contra essa lei. No entanto, o médico garante que se os homens sentissem metade dos desconfortos que as mulheres sentem no período menstrual, certamente, faltariam ao trabalho e alegariam indisposição ao chefe.

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Provavelmente Dr. Gedis Grudzinskas quer evitar que tragédias aconteçam no trabalho e prefere que aconteçam em casa. Fotos: Reprodução/dailymail/odiva

Fonte: dailymail