Criaturas em forma de cogumelos descobertas recentemente podem representar as primeiras tentativas fracassadas de vida multicelular

As duas criaturas não se encaixam em nenhuma classificação biológica estudada até hoje.

Duas formas de vidas, até então desconhecidas pela ciência, foram encontradas em uma coleção de organismos dragados de uma profundidade de 400 à 1.000 metros em 1986, em um lago situado na região sudeste australiano.

As duas espécies não se enquadram nos filos existentes. Filos são os  um taxons usados dentro da biologia na classificação cientifica dos seres vivos. Ou seja, são criaturas que não encaixam em nenhuma classificação biológica.

As criaturas conhecidas como Dendrograma enigmatica e Dendrogramma discoides, tem aparência é semelhante à dos cogumelos (veja ilustração). São constituídos basicamente de uma camada externa e uma interna, e entre elas existe uma matriz composta por um material denso e gelatinoso.

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Ilustração gráfica dos possível corpo das criaturas que consistem, principalmente, de uma cobertura exterior e interior do estômago separados por uma matriz gelatinosa. Foto: Reprodução/dailymail

Os cientistas dizem que essas espécies podem representar a primeira tentativa fracassada de vida multicelular.  Evidências atuais sugerem que elas representem um ramo inicial da árvore da vida, com semelhanças com a fauna Ediacara já extintos há 600 milhões de anos. Ediacara é o nome de uma região da Austrália onde ocorrem os mais antigos fósseis de metazoários conhecidos, aqueles com células organizadas em tecidos e órgãos, um grupo único de organismos de corpo mole preservado em todo o mundo em impressões fósseis  em arenito do período Proterozóico.

Os cientistas acreditam que esta nova fauna representa um marco importante na evolução da vida na Terra, como eles surgiram antes da explosão de formas de vidas no início do período Cambriano há 541 milhões de anos atrás.

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Vista aérea da possível forma do corpo das criaturas descobertas. Foto: Reprodução/dailymail

Fonte: dailymail

Este texto é de autoria do Biólogo Paulo Alex