A maconha realmente pode ser usada no tratamento de doenças?

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Hoje já se é permitida em países como Bélgica e Holanda, como também em algumas partes dos Estados Unidos, o uso medicinal da maconha para aliviar sintomas relacionando ao tratamento de doenças crônicas como câncer, AIDS, esclerose múltipla, glaucoma, epilepsia, insônia, enxaqueca, mal de Alzheimer, fibromialgia e síndrome de Tourette. É também indicada para pacientes em estado terminal, como forma de aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida.

Os principais componentes ativos da maconha, e encontrados somente nela, são chamados canabinoides. Os efeitos farmacológicos desses compostos são analgésicos, controle de espasmos em pacientes portadores de esclerose múltipla, efeito broncodilatador, efeito anticonvulsivo e antiemético. Porém o mesmo não é muito eficaz que alguns medicamentos já existentes para remediar esses sintomas. Contudo, empregado em conjunto com outros fármacos, pode ser de grande valor principalmente para pacientes em quimioterapia e sintomáticos do vírus da AIDS.

Podemos dar outros exemplos, como seu uso para diminuição de pressão intraocular grave, indicada por isso para tratamento de glaucomas. Além de estudos não conclusivos afirmarem que os canabinoides reduzem o crescimento de certos tumores.

Os canabinoides, inclusive o THC ou tetraidrocanabinol, também se ligam a receptores cerebrais reduzindo a dor e a ansiedade, e é muito bom nisso. Dores fortes de origem muscular e nervosa.

A aplicação dessas substâncias é discutível, pois além de ter sua ação terapêutica, não se deve fechar os olhos a seus efeitos colaterais, como alterações de consciência e memória, euforia, depressão e efeito sedativo. Contanto, vale lembrar que todo remédio tem seus efeitos colaterais e superdosagens. Estudos têm sido realizados para se modificar suas estruturas químicas a fim de suprimir essa atividade psicotrófica, o que ainda é um grande obstáculo para sua liberação em partes do mundo.

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Os efeitos farmacológicos desses compostos são analgésicos, controle de espasmos em pacientes portadores de esclerose múltipla, efeito broncodilatador, efeito anticonvulsivo e antiemético. Foto: indynewsisrael

Atualmente, há uma proposta tramitando no Senado para legalizar o consumo da maconha para todas as finalidades. A mesma será debatida em audiências na Comissão de Direitos Humanos. Enquanto a liberação não sai, os usuários doentes e familiares que se arriscam no consumo para abrandar os seus males estão sujeitos à penalidade prevista na legislação brasileira: advertência, prestação de serviços comunitários e medida educativa (para usuário) e reclusão de 5 a 15 anos e multa de R$ 500 a R$ 1.500 (para produtor e traficante).

E você? Qual a sua posição quanto a isso?

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Enquanto a liberação não sai, os usuários doentes e familiares que se arriscam no consumo para abrandar os seus males estão sujeitos à penalidade prevista na legislação brasileira. Foto: lamarihuana

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Fonte: scielo e hsw