“É verdade que se pegarmos um filhote de passarinho, a mãe o abandona? Se é verdade, por que acontece?” Jean Morais
” Achei um passarinho caído do ninho e quando eu peguei meu pai disse que não poderia colocar de volta pois a mãe iria rejeitá-lo. E agora, o que eu faço?” Samara Olívia
Jean e Samara, realmente o saber popular nos levam a acreditar que os pássaros rejeitam os ovos e os filhotes que por alguma razão tiveram contato humano. Os pais se negariam a alimentar e ignorariam seus filhotes até que estes morressem de fome e sem cuidados parentais. Mas isso não é verdade!
Os ornitólogos garantem que o fato de seus ovos ou filhotes serem tocados por humanos ou qualquer predador, não significa que eles estarão condenados para sempre! Pode acontecer, no entanto, do ninho ser molestado durante a construção por algum predador e os pais decidirem que ali não é um local seguro e então resolvam abandonar este ninho e construir outro. Mas isso só aconteceria se não existissem ovos e nem filhotes dentro.
Caso um ninho com filhotes fosse perturbado, é possível que os pais se sintam inseguros e resolvam mudar de local, mas com certeza tentarão levar os filhotes. Caso não consigam levar os filhotes e a perturbação continue, por questão de sobrevivência, eles podem até abandona-los, não pelo fato de terem sido tocados e sim pelos perigos que a perturbação pode trazer à sua vida.
Bem, de qualquer forma, animais selvagens nunca devem ser tocados e se necessário, devem ser perturbados o mínimo possível. Como regra geral, se encontramos um filhote de pássaro ou qualquer outro tipo de bicho abandonado, é melhor deixá-lo onde foi encontrado. Muitas vezes, os pais o estão observando à distância e farão o resgate quando acharem conveniente. Mas se um passarinho é encontrado sem as penas e se o ninho estiver por ali não existe nenhum problema em colocá-lo de volta. É melhor não tentar cuidar, o melhor para ele é voltar para o ninho. Os pais o receberão de asas abertas.
Os pais não abandonarão seus filhotes e ovos se você tocá-los!
Fonte: Scientific American Brasil
