Menino de 3 anos pesa 70 quilos

Com 3 anos, Misael pode ser considerado um bebê. Mas, quando pede para ir para o colo da mãe, infelizmente, ela não pode fazer o que as outras mães fazem: pegar seu filho no colo. O problema é que Misael já pesa 70 kg, o peso de um adulto.

Misael nasceu com 3.750 kg e ganhava cerca de 300 gramas por mês, o que já é considerado anormal para um recém-nascido e os médicos já alertavam a mãe sobre os perigos dos ganhos peso. Quando fez um ano de idade passou a ganhar 3 Kg por mês e aí não parou mais. O menino tem dificuldade de caminhar, nunca corre, não consegue respirar normalmente, precisa de ajuda para levantar e dorme muito mal. A mãe precisa estar sempre por perto. Ele não pode frequentar creche para a mãe trabalhar, pois devido ao seu tamanho e a pouca idade, pode ocasionar lesões nas outras crianças, além disso, o menino não consegue subir no ônibus para ir até a creche.

A família ainda não tem recursos para um diagnóstico sobre o problema, mas é certo que este ganho de peso não é normal e pode encurtar muito sua vida. Exames realizados em uma das consultas diagnosticou Hipotireoidismo e desde os 2 anos de idade o garoto toma medicamentos para tratar essa disfunção. No entanto, segundo a mãe ele passou a ganhar ainda mais peso no último ano.

Uma geneticista quer investigar o problema através de um exame molecular específico para a Síndrome de Prader Willi. Mas a família aguarda a ajuda da Secretaria Estadual de Saúde para tal, já que, o exame pode passar de R$ 1 mil. Somente com o diagnóstico em mãos a família poderá dar início ao tratamento correto.

A Síndrome de Prader Willi é origem genética localizada no cromossomo 15 ocorrendo no momento da concepção. Dentre vários sintomas, um deles é a hiperfagia, que desencadeia constante sensação de fome e interesse por comida, que pode surgir entre os 2 e 5 anos de idade e levar a obesidade.

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O menino tem dificuldade de caminhar, nunca corre, não consegue respirar normalmente, precisa de ajuda para levantar e dorme muito mal. Foto: Reprodução/G1

 

 Fonte: fiocruz e g1