Diário de Biologia visitou a Reserva Natural de Salto Morato!

O Diário de Biologia recebeu com muito prazer o convite da Fundação Grupo Boticário para conhecer a reserva natural de Salto Morato em Guaraqueçaba, litoral norte do Paraná. Junto comigo os administradores de outros quatro blogs (Xisxis,  Vivo Verde, eCycle, Rodrigo Barba,) foram levados para a aventura.

Fundada em 1994, a reserva possui uma área de 2.340 hectares e está inserida nos remanescentes da Mata Atlântica. É considerada uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), está aberta a visitação púbica desde 1996 e reconhecida desde 1999 como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. Trata-se de uma reserva constituída por terras privadas, pertencentes à Fundação Grupo Boticário, que possui o objetivo de proteger os recursos ambientais representativos da região desenvolvendo atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo e de lazer. O extrativismo de qualquer tipo de recurso natural é totalmente proibido.

A Reserva Natural Salto Morato é considerada referência em manejo de reserva natural, é muito bem estruturada contando com área de camping, trilhas interpretativas bem preparadas para receber visitantes de todas as idades, pontos de água potável e banheiros ao longo das trilhas, Centro de Visitantes com informações sobre a biodiversidade da reserva além de voluntários e funcionários da Fundação super bem preparados para receber os visitantes. A todo momento durante as trilhas pode-se avistar pequenos macacos, aves diversas, anfíbios e repteis. Com muita sorte (muita mesmo) poderá até avistar espécies mais selvagens como pumas e onças, já registrados nas “câmeras-trap” escondidas pela mata. Além, é claro, uma diversidade impressionante de insetos das mais variadas ordens. Em breve, teremos um post à parte sobre a fauna e flora da reserva.

acervo-fundaçãoFoto: Acervo Fundação O Boticário

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Todas as trilhas contam com pontos de água potável! Foto: Daiane/Vivo Verde

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Lixeiras recicladas (Tetra Pak) também garantem a limpeza e organização das trilhas! Foto: Daiane/Vivo Verde

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A reserva conta com 10 rios e 70 riachos. Assim, para as trilhas não serem difíceis foram construídas pontes de madeira de reflorestamento. Foto: Daiane/Vivo Verde

O que tem na “Trilha do Salto Morato”? A trilha de cerca de 1,5 km nos leva a uma queda d’água de aproximadamente 100 metros com uma beleza indescritível. É bem sinalizada, o que torna a caminhada ainda mais interessante, o mesmo o trajeto que também contempla o Aquário Natural, uma piscina natural de água cristalina cheia de peixinhos onde é possível mergulhar junto com eles.

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O Salto do Morato é uma queda d’água de aproximadamente 100 metros de altura, com uma beleza indescritível!

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A trilha que leva ao Salto do Morato é super bem preparada e pode receber adultos, crianças, idosos e grande parte do trecho pode receber deficientes. Foto: Onofre/ eCycle

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A palmeira Juçara (Euterpe edulis) e todos as outras plantas são totalmente preservadas  na reserva. Foto: Daiane/Vivo Verde

O que tem na “Trilha da Figueira”? Uma caminhada de pelo menos 2,5 km cercada de muita aventura e informação ao longo da trilha. Essa trilha é para os fortes, pois é mais acidentada com vários pontos de subida (eu resisti bravamente). Nos leva uma árvore centenária chamada de Figueira do Rio do Engenho, cuja raiz forma um “portal” sobre os seis metros de largura do rio. A árvore está totalmente integrada ao ecossistema, com uma relação de simbiose com outras espécies vegetais. Imperdível! A volta desta trilha nos leva a optar por um caminho alternativo que tem uma surpresa no final: o Rio Morato corta a trilha, para atravessá-lo não tem ponte, ou atravessamos por uma corda (como eu fiz, foto) ou atravessa pela água podendo molhar até pouco acima do joelho. Os dois jeitos são divertidos!

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A Figueira do Rio do Engenho está totalmente integrada ao ecossistema local!

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Uma trilha alternativa tem uma bela surpresa. Olha eu aí atravessando o Rio Morato de forma radical. Foto Isis/XisXis

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E por ultimo o grupo de blogueiros convidados para a aventura (da esquerda para a direita) Onofre, Eu, Rodrigo, Daiane e Isis.