Além do rim, descubra quais outros órgãos podem ser transplantados de um doador vivo

“Estou fazendo curso de Biologia e durante uma aula, discutindo sobre transplantes tive dúvida sobre os órgãos e tecidos que uma pessoa pode receber através de transplante de uma pessoa viva. Pode me dar uma luz?” Géssica Garcia

Géssica, o transplante é um procedimento cirúrgico em que um doador (morto ou vivo) repõe um órgão (coração, pâncreas, pulmão, fígado, rim) ou tecidos (medula óssea, ossos, córneas) para um indivíduo doente.

Em vida, uma pessoa pode ser doadora dos seguintes órgãos: RIM, que são os casos mais comuns; parte do FÍGADO, pois este é um órgão com capacidade de regeneração; parte do PULMÃO em casos raros devido à necessidade de dois doadores para um receptor e até mesmo parte do PÂNCREAS e do INTESTINO, ambos em situações excepcionais. No Brasil, acontecem, por ano, com doadores vivos, até 2 mil transplantes de rim, em torno de 160 de fígado e no máximo três de pulmão.

Com relação aos tecidos, a medula óssea (células hematopoiéticas) só pode mesmo ser transplantada de um doador vivo em que não é necessário ter relações de parentesco com o doente. Qualquer um pode ser doador. Inclusive existe um banco de medula, na qual o doador coleta uma amostra de sangue e, se alguém que precisar do transplante for imunologicamente compatível, será solicitada a doação da medula óssea.

Várias doenças podem levar à necessidade desses transplantes. No caso do rim, a hipertensão e o diabetes são as principais causas da perda de função do órgão. Já o fígado precisa ser substituído quando os pacientes apresentam falência hepática provocada por problemas agudos ou mesmo por tumores na região. O transplante pulmonar, por sua vez, é indicado para doenças terminais, geradas por fibroses, enfisemas e doenças obstrutivas crônicas. No caso da medula óssea, a cirurgia é recomendada para tratar pacientes com anemia aplástica, leucemias, linfomas e mieloma múltiplo.

O transplante renal é o tipo de transplante que mais ocorre com doador ainda vivo!

FONTE: Nova escola