“Eu achava que a própolis era uma produção das abelhas, mas me disseram que é de origem vegetal. Isso é verdade?” Higor – Rio de Janeiro
Olá Higor. Essa é uma ótima pergunta, pois a maioria das pessoas associam a própolis às abelhas e apesar de existir uma relação com estes insetos, o própolis é totalmente de origem vegetal.
A própolis é na verdade um hormônio vegetal, indispensável para o bom desenvolvimento das plantas. A principal função desse hormônio é proteger os brotos de plantas em crescimento contra ataques de fungos e bactérias. Ou seja, é mais ou menos o mesmo papel que os anticorpos desempenham no corpo humano. Esse poder de defesa foi percebido pelas abelhas e elas passaram com o tempo a usar a própolis contra seus inimigos naturais. As abelhas coletam esse material das plantas raspando-o com suas mandíbulas e o tornam maleável, manipulando-o com as patas até formarem uma espécie de “bolinha de resina” que são fixadas em estruturas chamadas corbículas, também conhecidas como “cesta de pólen”, localizadas na tíbia da pata traseira da abelha, a mesma estrutura que carregam o pólen. Depois disso, o material é levado para a colmeia.
Para conseguir a própolis que nós consumimos, os produtores preferem extrair o produto das colmeias, onde a quantidade é maior que nas plantas, pois pode-se tirar cerca de 300 gramas de própolis de uma colmeia por mês. As abelhas usam aquela resina formada a partir da própolis para envernizar e impermeabilizar as paredes dos favos, antes da postura da rainha, assim como as demais paredes da colmeia, além disso, deixa os inimigos invasores bem longe, funcionando como um desinfetante capaz de eliminar fungos e bactérias. Segundo pesquisas recentes o poder da própolis pode também contribuir para o nosso bem-estar. Especialistas acreditam que esse remédio natural seja eficaz não só no combate à gripe, seu uso mais tradicional, mas contra o envelhecimento, cáries, cânceres e até aids.
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