“Encontrei esse bichinho perto de uma cachoeira, parece pelúcia. Me disseram que é uma lagarta de fogo, eu conheço como lagarta cachorrinho. É verdade que a queimadura provoca uma das maiores dores?” Luciana Vieira
Que fofo, não é Lú? Esse bichinho simpático é uma lagarta, ou seja, uma larva de mariposa. Mas ela não é só uma lagartinha comum, na verdade é uma das lagartas mais perigosas que temos por aqui. Pertence a ordem Lepidoptera (borboletas e mariposas), da família Megalopygidae e provavelmente do gênero Podalia sp. Por causa dessa carinha de pelúcia são conhecidas como “lagartas-gatinho”, lagartas-cachorrinho” ou então “lagartas-de-fogo”.
O nome lagarta-de-fogo não é à toa. Essa lagarta possui cerdas urticantes capazes de causar o maior estrago na nossa pele. As cerdas são estruturas de ponta aguda e resistente, contendo glândulas produtoras de veneno. Na base da cerda apresenta uma única glândula inserida no tegumento da lagarta.
Quando pressionada por ocasião do contato, a glândula libera o veneno que percorre um canal, sendo injetado na pele humana. A principal característica dos Megalopigídeos é a presença de longas cerdas, frágeis, sedosas que parecem inofensivas, semelhantes a “pelos” que escondem os verdadeiros as cerdas ocas contendo uma toxina, ou seja, são verdadeiramente venenosas.
As cerdas possuem uma alta capacidade de causar queimaduras, inchaço e vermelhidão, em casos graves pode causar febre. Os acidentes com lagartas são conhecidos no meio médico-científico como erucismo. Ao menor contato com a lagarta de fogo, lave bem o local e vá ao hospital em caso de febre e vômito. Felizmente, os adultos geralmente são inofensivos.