Pasmem! Dois estudos médico-científicos revelam que Rivotril mata mais que heroína e cocaína

Estudos científicos revelam que Rivotril mata mais que Heroína e Cocaína

O Rivotril (Clonazepan) é um dos medicamentos mais usados no controle de transtornos de ansiedade e distúrbios do sono. Mas, de acordo com estudos científicos, tem sido usado pelos brasileiros como elixir contra as pressões banais do dia a dia: insônia, prazos, conflitos em relacionamentos. Assim, hoje, o Brasil é o maior consumidor de Rivotril do mundo.

Agora, psiquiatras de todo mundo alertam para o perigo desta droga. Há uma série de estudos sobre o aumento do risco de morte associado ao uso de drogas psiquiátricas. As Benzodiazepinas, classes da qual pertencem o Rivotril, está ligado a uma maior taxa de mortalidade do que as drogas ilegais. Dr. Keith Ahamad, clínico Cientista e médico no St. Paul’s Hospital, contou que o abuso neste medicamento leva a mais mortes do que o uso de drogas ilegais como a heroína e a cocaína.

Um dos estudos, chefiados por Dr. Ahamad, acompanhou 2.802 usuários de drogas. Entre eles incluíam usuários de drogas ilegais e as drogas prescritas como as benzodiazepinas. O trabalho entrevistou os voluntários a cada semestre, entre os anos de 1996 e 2013. Durante esse período, 527 voluntários tiveram mortes relacionadas às drogas. Os pesquisadores constataram que a taxa de mortalidade foi 1,86 vezes maior entre os usuários de drogas que usaram benzodiazepínicos. Outro estudo relacionou drogas como o Rivotril infecção por Hepatite C. Usuários foram 1,68 vezes mais contaminados do que aqueles que usavam drogas ilegais.

Agora, o que os cientistas querem é que a prescrição de Rivotril e outras drogas do grupo das benzodiazepinas – Lexotan, Diazepam e Lorax -, seja controlada. “Há riscos que vêm com esses medicamentos e precisamos ser muito, muito cuidadosos sobre como estamos prescrevendo-os”, disse Ahamad.

Mas, o que é o Rivotril?

O Rivotril age estimulando justamente os mecanismos que equilibram esse estado de tensão – inibindo o que estava funcionando demais. A pessoa passa a responder menos aos estímulos externos. Fica tranquila. Ainda que o bicho esteja pegando no trabalho, o casamento indo de mal a pior e as contas se acumulando na porta. É essa sensação de paz que atrai tanta gente. Afinal, a ansiedade traz muito incômodo.

Na química, o processo é parecido com o gerado por drogas como álcool e cocaína. O uso prolongado torna o cérebro dependente daquela substância para funcionar corretamente. A outra dependência é a psicológica. A pessoa até para de tomar o remédio, mas mantém uma caixa sempre no bolso como precaução. “Cerca de 80% das pessoas que usam benzodiazepínicos ficam dependentes em 2 ou 3 meses de uso”, diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, de São Paulo.

Os estudos aqui citados foram publicados na Public Health Reports, no American Journal of Public Health e no Vancouversun.

super.abril / psiconlinews