O hábito de segurar o cocô pode trazer graves consequências para sua saúde, inclusive ao cérebro

fazendo cocô

Se você é daquelas pessoas que costumam evitar evacuar sempre que tem vontade, é bom tomar cuidado. De acordo com especialistas, o tempo limite para o intestino transformar sua última refeição em uma massa pronta para ser eliminada do organismo é de 53 horas. Todo seu sistema digestivo está ciente disso, assim, quando este momento chega a vontade de fazer cocô é quase incontrolável.

Por vários motivos, muitas pessoas evitam a hora de “visitar o kid-bocão”, a maioria evita ir ao banheiro fora de casa e, por isso acabam fazendo uma força contrária para segurar tudo lá dentro. O que não é uma boa ideia!

Segundo o coloproctologista Alexandre Fonoff, coordenador do Centro de Coloproctologia do Hospital Samaritano, quando não se evacua ao primeiro estímulo, as fezes retrocedem de uma porção mais final do reto para o segmento imediatamente acima, chamado cólon sigmoide. Essa parte do intestino é capaz de absorver a água das fezes, fazendo com que, no próximo estímulo, elas cheguem mais ressecadas ao reto.

Isso quer dizer que cada vez que a vontade vem e você ignora as fezes perdem água e isso pode gerar uma série de problemas. Ao tentar sair, as fezes estarão endurecidas, isso causará fissuras anais dolorosas que podem até sangrar e se infeccionar. Além disso, a força colocada para eliminar a primeira porção de fezes pode, com o tempo, resultar em hemorroidas e até hérnias na parede abdominal.

Não para por aí: desconforto e inchaço abdominal também são consequências, além de prisão de ventre e em casos mais graves pode até gerar uma distensão do intestino e a perda de força dos músculos do reto e lesão do esfíncter.

Danos cerebrais

Dr. Fonoff explicou ao site Vix que por incrível que pareça, segurar o cocô pode chegar ao extremo de causar lesões no cérebro, como lipotimia e aneurisma. Lipotimia é a diminuição passageira do fluxo de sangue para o cérebro, causada pelo esforço para evacuar. Também por consequências do esforço, a pessoa pode aumentar a pressão intracraniana, fazendo com que, caso já exista um aneurisma cerebral, suas chances de rompimento aumentem.

boaforma / vix