O que é Jejum Intermitente e para que serve?

o que é jejum intermitente

Quando se fala em jejum intermitente, muitas pessoas pensam logo em dieta e emagrecimento. No entanto, o objetivo dessa prática não é o emagrecimento.  O principal objetivo é melhorar a imunidade, potencializar a desintoxicação e também melhorar a disposição e agilidade mental.

O jejum intermitente ganhou seu respeito depois que o médico Yoshinori Ohsumi, ganhou o Prêmio Nobel de medicina de 2017. Ele comprovou que o jejum proporciona a autofagia, um mecanismo de autolimpeza que existe em todas as células do corpo. Segundo ele, quando comemos o tempo todo acumulamos toxinas associadas à morte das células e ao desenvolvimento de doenças. O jejum induz a autofagia e a autofagia induz a longevidade.

Como funciona

De acordo com a nutricionista Tatiana Zanin, este tipo de jejum consiste em não comer alimentos sólidos entre 16 e 32 horas. A prática pode ser realizada algumas vezes por semana de forma programada. Ela explica que para conseguir os benefícios, a estratégia mais comum para iniciar este jejum é ficar sem comer por 14 ou 16 horas. Neste período, fica-se ingerindo líquidos, como água, chá e café sem açúcar.

NO entanto, há estratégias diferentes de conseguir fazer este tipo de privação. Em todas, é necessário realizar um período de restrição de alimentos e um período em que se pode comer.

Principais tipos de jejum intermitente

No período em jejum, estão liberados água, chás e café, sem a adição de açúcar ou adoçantes.

Jejum de 16h: a pessoa deve ficar entre 14 e 16 horas sem comer, incluindo o período do sono. Nas 8 horas restantes do dia se alimenta normalmente. Por exemplo, se jantar as 9 da noite, só voltará a comer às 13h do dia seguinte.

Jejum de 24h: esse é feito por um dia inteiro, por, no máximo, 2 ou 3 vezes por semana. Por exemplo, se comer 8h da manhã, só comerá sólidos novamente às 8 h da manhã do dia seguinte.

Jejum de 36 horas: a pessoa deve ficar 1 dia inteiro e mais metade do outro dia sem comer sólidos. Essa prática deve ser restrita a pessoas já habituadas e sob orientação médica.

Comer 5 dias e restringir 2 dias: Nesse jejum, a pessoa pode comer por 5 dias da semana normalmente, e em 2 dias reduzir a quantidade de calorias para no máximo 500 calorias.




Benefícios

Acelera o metabolismo:  muitas pessoas acreditam que o jejum reduz o metabolismo, deixando organismo mais devagar. No entanto, isso só é verdade em casos de jejuns muito longos, como acima de 48h. No jejum controlado e curto, o metabolismo fica acelerado e favorece a queima de gordura.

Regula hormônios: insulina, noradrenalina e hormônio do crescimento são equilibrados. Esses hormônios estão associados a perda ou ganho de peso.

Não favorece a flacidez: O jejum intermitente, não diminui a massa muscular como em outras dietas de grande diminuição calórica. Ao contrário, ela ajuda a aumentar o músculo devido a produção do hormônio do crescimento.

Elimina células defeituosas do corpo: com o metabolismo acelerado, ocorre a autofagia celular.  Como explicado anteriormente, há uma eliminação das células defeituosas e tóxicas. Isso reduz potencialmente o surgimento de doenças como os canceres.

Tem ação anti-envelhecimento: a retirada das células danificadas promove uma renovação constante e isso aumenta a longevidade.

Emagrece?

Neste ponto, ainda há uma discussão entre os diversos especialistas, como nutricionistas, endocrinologistas. Contudo, de acordo com a nutricionista Juliana Dantas, do departamento de check-up do HCor, se feito corretamente, o jejum intermitente, pode mesmo emagrecer. Ela diz que a pessoa reduz o peso rapidamente. Mas, é preciso manter uma reeducação alimentar, pois pode voltar a engordar muito rápido. O ideal para perder quilos extras é a reeducação alimentar. O jejum intermitente tem, no final nas contas, outros benefícios ao organismo.

 

vivabem / tuasaude / noticias.uol