Ginecologista responde as duas maiores dúvidas sobre pílula-do-dia-seguinte: causa aborto? Posso engravidar mesmo assim?

Pílula do dia seguinte causa aborto Posso engravidar

A Organização Mundial de Saúde estima que mesmo que todas as mulheres do planeta usassem corretamente qualquer um dos métodos anticoncepcionais existentes, cerca de 6 milhões de gestações inesperadas ocorreriam. Isso explica porque a pílula do dia seguinte (ou PDS) passou a ser tão procurada nas farmácias.

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de urgência, geralmente, utilizado após relações sexuais desprotegidas para evitar uma gravidez indesejada. É, na verdade, uma conquista das mulheres. Segundo a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da Secretaria da Saúde de São Paulo, a mulher poder ter acesso a um método de emergência é bacana. O perigo está em fazer dessa emergência um ritual cotidiano.

Mesmo sendo um método bastante invasivo, devido a “bomba” de hormônios que esse medicamento impõe ao organismo, muitas mulheres fazem uso. A Drª. Sheila Sedicias, ginecologista e mastologista marcou os dois pontos que as mulheres mais questionam sobre o método.

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1- Posso engravidar mesmo tomando a PDS?

A médica diz que apesar de ser indicada para evitar a gravidez indesejada, a pílula do dia seguinte não é 100% eficaz. Sua eficácia varia entre 0% e 80% dependendo do tempo que leva para tomar. Quanto mais demorar maior é a chance de gravidez. Se for tomada após 72 horas da relação sexual, as chances de gravidez são bastante aumentadas. Mas quando ela é tomada no mesmo dia, é pouco provável que a mulher engravide.

2- A PDS causa aborto?

Segundo a médica essa é uma dúvida recorrente. As mulheres se preocupam, se a gravidez ocorrer, se a pílula do dia seguinte pode provocar um aborto. Ela diz que a PDS não aborta porque ela pode funcionar de diferentes formas, dependendo da fase do ciclo menstrual em que for utilizada. Por exemplo, pode impedir a implantação do óvulo fecundado na parede do útero, que é fundamental para que exista gravidez. Além disso, pode inibir ou retardar a ovulação, o que evita a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. E mais: Pode aumentar a viscosidade do muco vaginal, dificultando a chegada do espermatozoide ao óvulo.

Mas a médica garante:  se o óvulo já tiver sido fecundado e já estiver implantado no útero essa pílula não impede o desenvolvimento da gravidez.

tuasaude / saude.abril