Um caso raríssimo de quimerismo humano: essa mulher tem dois tons de pele por ter se fundido a irmã gêmea ainda dentro do útero

A modelo e cantora Taylor Muhl de 33 anos vive em uma condição extremamente rara: seu corpo é a composição do cruzamento celular com sua irmã gêmea não nascida no útero de sua mãe. De acordo com a definição da revista científica Nature Genetics Review, trata-se de uma condição fisiológica chamada quimerismo, na qual um indivíduo é mesclado por duas ou mais linhas celulares geneticamente distintas.

Isso quer dizer que a moça tem dois sistemas imunológicos, dois tons de pele e até dois DNAs. É condição é perfeitamente visível na barriga, que é dividida em duas cores porque parte da pele deveria ter pertencido à sua gêmea. Taylor só descobriu que tinha quimerismo quando assistiu ao documentário “Chimerism”, quando ela imediatamente percebeu porque tinha aquela divisão na barriga, tratada antes como uma marca de nascença.

A questão estética não é o maior problema de Taylor. O quimerismo muitas vezes reflete diretamente na sua saúde.  Além de seu tronco dividido em cores, tudo do lado esquerdo de seu corpo é um pouco maior. Ela também sofre constantemente com resfriados, enxaqueca e ciclos menstruais terríveis. Ela também sofre duas vezes mais durante a época de gripe, já que seus dois sistemas imunitários se tornam enfraquecidos enquanto batalham e possui alergia a alguns tipos de metais somente em metade do corpo.

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Quimerismo

Estima-se que em todo o mundo existam somente 100 pessoas assim.  Geralmente, as pessoas com quimerismo não descobrem a condição por toda a vida, pois ela só é possível de se identificar com exames de sangue. Uma pessoa com esta condição pode não manifestar fenotipicamente (aparência) e então o quadro de quimerismo pode ficar oculto até que haja necessidade de fazer os testes.

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Fontes: jornalciencia / vix