Orientadas por médicos, farmácias estão adicionando sibutramina nas fórmulas emagrecedoras sem os pacientes saberem

sibutramina

A sibutramina talvez seja o inibidor de apetite mais conhecido de quem vive em consultórios médicos em busca do corpo perfeito. Especialistas dizem que este medicamento pode realmente auxiliar na perda de peso agindo como inibidor da recepção de serotonina e noradrenalina, o que pode ajudar a inibir a ingestão de calorias através de seu efeito de maior saciedade nas refeições e aumento do metabolismo.

No entanto, o uso de Sibutramina não é recomendado para qualquer pessoa e, em alguns casos, deve ser ativamente proibido. O medicamento aumenta o risco de doenças cardíacas, uma vez que seus efeitos colaterais podem ser graves e não compensar seu benefício emagrecedor. Além disso, a Sibutramina aumenta as chances de derrame e infarto, podendo em casos mais graves, causar a morte. Além disso, há relatos de palpitações, pressão alta, desespero, delírio e boca seca. Por esse motivo a Sibutramina teve sua venda suspensa na Europa.

Por causa disso, muita gente procura o médico já avisando: “Não quero tomar sibutramina”. Só que, mesmo assim, de acordo com a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) alguns medicamentos prescritos e manipulados por médicos e farmácias estão adicionando substâncias controladas, como inibidores de apetite (como diazepam, sibutramina e femproporex), sem que os pacientes soubessem.

Sibutramina camuflada

De novembro a dezembro de 2016, a Proteste, usou voluntários para consultar diferentes médicos do Rio de Janeiro e receberam receitas de medicamentos manipulados para emagrecer. A instituição afirma que todos receberam indicações dos médicos para ir a uma farmácia específica, o que é proibido. Em 90% dos casos, as secretárias dos médicos entraram em contato diretamente com as farmácias indicadas para solicitar o orçamento. Em um deles, o paciente sequer teve acesso à receita prescrita pelo médico.

Os medicamentos foram enviados lacrados  para análise em laboratório, para descobrir o seu real conteúdo. Das 29 fórmulas prescritas pelos 11 médicos , 8 apresentavam adição dos inibidores de apetite. O assustador é que estas substâncias não constavam na receita original.

A situação é muito preocupante. O consumo sem orientação ou consentimento de remédios de uso controlado, que podem causar sérios efeitos colaterais.

Fonte: vix / tuasaude