Na idade média, envenenadora profissional ajudava mulheres com casamentos problemáticos e se livrar do “problema”

A idade média, sem dúvida, foi marcada pelos seus intragáveis fatos sobre a falta de higiene dos cidadãos da época. No entanto, uma marca forte da época é  falta de controle que as mulheres tinham sobre a própria vida. As filhas dos ricos eram negociadas como mercadoria e status social e as mulheres pobres tinham relacionamentos abusivos com sexo desrespeitoso e violência doméstica.

Mas o fato, é que nem todas as mulheres se submetiam a viver em meio a tortura de um péssimo casamento. Era aí que entrava a viúva Giulia Tofana, que discretíssima, vendia pó de maquiagem e imagens santas que escondiam uma receita criada por ela conhecida até hoje como “Aqua Tofana”.

A mistura era na verdade um potente, mas discreto, veneno composto de arsênico, chumbo e beladona (uma planta venenosa). Era um líquido incolor e sem gosto e, portanto, facilmente misturado com água ou vinho para ser servido durante as refeições. Os ingredientes da mistura são conhecidos, mas como eles foram misturados (a ordem e as quantidades de cada um) nunca foi descoberto. A primeira dose causava sintomas parecidos com o da gripe, que pioravam com a segunda e a terceira dose. Na quarta dose, o paciente morria.

O produto era muito conhecido entre as mulheres, e sua fama passou de boca em boca durante 20 anos. Uma amiga passava o segredinho para as outras necessitadas. O segredo só foi revelado porque uma cliente, misturou o produto na sopa do marido, se arrependeu e contou tudo antes que ele provasse da comida.

Giulia foi julgada e executada, junto com sua filha e funcionários. Estima-se que seu veneno tenha matado 600 homens entre 1633 e 1651.

Fonte: the-line-up