“Meu marido chegou em casa dizendo que havia encontrado um ovo de dinossauros e nós rimos, achando que era uma brincadeira”, foi isso que disse a esposa de José Antonio Nievas aos repórteres. José Antônio caminhava próximo a um riacho em uma zona rural a 40 km de Buenos Aires, Argentina, quando viu um “ovo” gigante – quase 1 metro de largura – na margem do riacho, aparentemente, havia acabado de ser desenterrado por um processo de erosão.
O “ovo”, tinha casca grossa com textura rude e tinha coloração castanho escuro. José então ficou convencido de que havia encontrado um ovo de dinossauro e passou a divulgar a notícia. Rapidamente, paleontólogos estiveram no local e explicaram que aqueles eram restos fósseis de um Gliptodonte, um gigante com carapaça e cauda espinhosa que se extinguiu no continente americano no final da última Idade do Gelo. O fóssil foi recuperado e enviado para estudo. O relato do achado foi publicado na revista Current Biology.
Os gliptodontes
Estes animais terão surgido há menos de 35 milhões de anos. Os seus antecessores pertencem a uma linhagem que evoluiu diretamente para uma das famílias modernas de tatus. Os fósseis de gliptodontes começaram a ser descobertos no início do século XIX. Por exemplo, Charles Darwin coletou partes de fósseis na expedição do Beagle à América do Sul.
Mais tarde foi aceite que os gliptodontes deviam estar relacionados de alguma forma aos tatus, o único outro mamífero do “Novo Mundo” com uma carapaça protetora. Os especialistas dizem ainda que os gliptodontes foram um grupo com muito sucesso na maior parte da sua história e a causa do seu desaparecimento continua em aberto.