Em 2016 durante uma escavação para reforma de uma casa construída em 1936 em São Francisco nos Estado Unidos, trabalhadores encontraram um caixão com uma menina pequena, que permanecia com o corpo intacto, ela parecia estar dormindo. A ONG Garden of Innocence, que enterra crianças não identificadas ou abandonadas, providenciou uma cerimônia fúnebre, à qual compareceram mais de 100 pessoas.
Através da superfície do vidro, era possível observar no interior do caixão, com um forte cheiro a lavanda, uma menina loira com um vestido branco feito à mão, decorado com laços, com o cabelo adornado com uma rosa e folhas de eucaliptos nas laterais. Parece ter sido enterrada com grande cuidado.
A ONG, então, iniciou uma busca pela identidade da criança e após mais de mil horas de investigação de 34 voluntários, que estudaram 29.982 registos de enterros, comparando mapas de 1870 e 2017, analisando registos de cemitérios que não existem mais, rastreando árvores genealógicas e análises de DNA, descobriram finalmente quem é a menina.
A criança chamava-se na realidade Edith Howard Cook. Nascida a 28 de novembro de 1873, a menina morreu a 13 de outubro de 1876, ou seja, a menina morreu aos 3 anos de idade, há mais de 140 anos. A causa da morte foi marasmo ou desnutrição seca, uma forma crônica de desnutrição, na qual a deficiência primariamente de carboidratos e lipídios, em estágios avançados, é caracterizada por perda muscular e falta de gordura subcutânea.
Como o corpo pôde se manter preservado por tanto tempo?
O caixão era feito de chumbo e bronze. Segundo jornais locais, o caixão estava hermeticamente vedado, o que explica por que o corpo da menina estava tão bem conservado. Não havia entrada ou saída de ar e consequente desenvolvimento de micro-organismos que poderiam iniciar um processo de decomposição do corpo.