Doença grave, transmitida por carrapatos, está de volta com toda força ao Brasil e já fez vítimas (crianças). Veja como se proteger

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Thales Martins Cruz, de 10 anos, morreu de febre maculosa, contraída na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Bianca Gonzales , de 12 anos, também morreu de febre maculosa contraída em São Carlos do Ivaí, Paraná. Sophia, de 3 anos foi vítima da doença contraída em Paraupebas, Pará.

A maioria das pessoas quando encontra algum cachorro o primeiro passo é levar ele aos braços, porém quase ninguém lembra que os cães podem apresentar carrapatos grudados ao seu corpo que podem nos picar, é aí onde mora o problema. Não somente os cães, como cavalos, bois, aves domésticas, roedores e capivaras são os principais reservatórios naturais do carrapato.

A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela da espécie Amblyomma cajennense que esteja infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Para que a transmissão aconteça é necessário que o carrapato fique pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas, mas não se preocupe que a transmissão não ocorre de pessoa para pessoa.

No Brasil, a febre maculosa já ocorreu nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, porém outros lugares podem ocorrer a doença. Ela tem um período de incubação que pode levar de dois a quatorze dias depois do contato com o carrapato.

Os principais sintomas são: febre elevada, dor de cabeça, dores musculares, machas avermelhadas pelo corpo chamadas de máculas, principalmente nas mãos e pés, que podem evoluir rapidamente para uma hemorragia se não tratado no tempo necessário, por isso é muito importante o diagnóstico rápido e preciso, pois a doença pode ser confundida com várias outras e a demora no tratamento pode levar a morte.

Carrapato-estrela: Amblyomma cajennense

A FMB não tem vacina, porém pode ser tratada rapidamente com antibióticos como a tetraciclina e clorafenicol, todavia, devem ser administrados logo nos primeiros dias da infecção, pois a bactéria pode se tornar resistente e a medicação não surtir nenhum efeito, logo após a administração dos antibióticos a doença começa a regredir e a cura é total.

A melhor forma de prevenção é evitar o contato direto com os carrapatos e se estiver em locais com a incidência deles tomar os devidos cuidados como: verificar o corpo a cada três horas para ver se há algum carrapato na pele, utilizar roupas claras que facilitem a visualização deles, tomar cuidado com a retirada dos carrapatos na sua pele ou na pele dos animais. Todo cuidado é necessário, pois a doença é confundida com outras infecções e por isso a assistência médica deve ser imediata.

Fontes: portalsaude / invivo    Artigos: Virgínia Luna et al /  Souza s. et al  Imagens: blupet / g1