A cabeça deste homem está exposta em uma faculdade de Medicina há quase 180 anos. Mas quem era ele? Por que sua cabeça foi parar dentro de um vidro?

Este homem se chamava Diogo Alves, morto em 1841. Sua cabeça está exposta na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em Portugal e, apesar da cor desbotada, está incrivelmente conservada num recipiente de vidro, onde uma solução de formol lhe tem perpetuado a imagem de homem com ar tranquilo, aliás, bem contrária ao do que realmente foi. Este homem, é ainda reconhecido como o primeiro Serial Killer de Portugal e o último criminoso a ser condenado por enforcamento no país.

Diogo matou ao longo da vida nada menos que 70 pessoas confirmadas. Sua estratégia era roubar, matar e atirar os corpos no Aqueduto das Águas Livres, famoso ponto de Portugal. Seus dias de criminalidade acabaram depois de ele ser preso por invadir a casa de um médico e matar todos os moradores, em fevereiro de 1841.

Mas por que sua cabeça foi preservada?

É aí que entra a biologia na história. A cabeça de Diogo foi preservada para fins de estudo de frenologia, hoje considerada uma pseudociência, ela buscava estudar partes do cérebro que acreditava-se ter relações com os traços da personalidade de uma pessoa. Esta ciência acreditava, por exemplo, que a cabeça de uma pessoa criminosa tinha nódulos cerebrais que poderiam ser apalpados.

A cabeça de Diogo foi preservada para fins de estudo de frenologia.

Foi a intenção de estudar a cabeça de um criminoso que fez médicos conservarem a cabeça deste homem. Mas não se sabe ao certo se pesquisas frenológicas foram, de fato, realizadas em seu cérebro.

A cabeça decepada encontra-se atualmente no laboratório de anatomia da Faculdade de Medicina de Lisboa e, apesar de sua macabra aparência, é um dos objetos mais cogitados da Universidade. A história de Diogo, foi tão traumatizante para Portugal que até inspirou um livro chamado “O assassino do Aqueduto”.

Fonte: megacurioso / ped  Imagens: megacurioso