A cada ano a Royal Society de Londres lista algumas tecnologias de ponta que podem estar presentes na vida das pessoas ou soluções científicas inovadoras. A lista de 2016 conta com projetos que já estão na fase de testes, pois já saíram dos grandes laboratórios.
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Resolvendo o problema do lixo espacial
Imagine você que desde o início do desbravamento do espaço, 7 mil toneladas de lixo espacial estão flutuando fora da Terra. Todo esse lixo pode ser uma ameaça de colisão com satélites ativos, como aqueles que regulam o funcionamento da internet e telefonia.
Para resolver esse problema, uma missão chamada RemoveDebris (“Removendo destroços”, em tradução livre) será lançada em 2017 para capturar o lixo espacial de volta para a Terra.
A tecnologia em si é simples: um dispositivo utiliza uma rede espacial, semelhante a uma rede de pesca, que é lançada ao espaço para capturar o lixo. Uma vez preso na rede, o lixo é arrastado por uma nave, como se fosse um reboque, e volta para a Terra. O atrito com a atmosfera queima o lixo, e os pedaços maiores ou aqueles que não se desintegrarem serão guiados para uma queda do oceano.
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O rastreando mosquitos
A malária, transmitida pelo mosquito Anopheles é uma doença que infecta milhões de pessoas e causa 438 mil mortes por ano no mundo. A luta contra o mosquito é constante entre os cientistas e toda comunidade da saúde.
O projeto “Diários do Mosquito”, criado e desenvolvido em Liverpool, monitora os mosquitos e detecta quanto tempo os insetos estão em contato com mosquiteiros, que contém inseticidas para eliminá-los. A ideia é eliminar o mosquito para que as pessoas não sejam picadas quando acordarem. Parece uma iniciativa simples, mas pode salvar muitas vidas.
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Raio-X em 4D
O raio-X síncroton 4D permite explorar o interior dos materiais em três dimensões. A variedade das aplicações desse aparelho, o raio-X em tomografia computadorizada, é enorme e pode analisar muitos objetos, pois sua penetração não precisa de cortes.
A técnica também é muito útil para o setor médico, por exemplo, para entender melhor como implantes interagem tecidos dentro do corpo humano.
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Sustentabilidade e aranhas
A teia das aranhas é constituída de uma proteína que facilita a captura das presas. Pesquisadores de Oxford estão desvendando a estrutura molecular da seda para descobrir os possíveis usos para ela.
Cientistas descobriram que a seda combinada a resinas, pode ser um ótimo material na fabricação de fibras resistentes a impactos. Além disso, a seda também tem propriedades biológicas: testes clínicos já estão sendo realizados para verificar se é possível realizar implantes desta seda para ajudar na recuperação da cartilagem do joelho de humanos.
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Criando ossos
Cientistas criaram uma tecnologia para cultivar ossos artificiais em laboratório. O nome da técnica em inglês é “nanokicking” e acontece dessa forma: células-tronco da medula óssea, que podem se transformar em muitas outras células especializadas, são retiradas e utilizando altas frequências, há um desencadeamento para que as células virem células produtoras de ossos.
Essas células são cultivadas para que então, pedacinhos de ossos sejam cultivados a partir das células do próprio paciente. Sem a utilização de produtos químicos ou proteínas de crescimento. Esses pedaços de ossos podem ser utilizados para reparar danos e fraturas. Acredita-se que essa técnica também poderá auxiliar no tratamento de tumores ósseos.
Fonte: bbc Imagens: Reprodução/ nanokicking/ bbc