Um estudo realizado em Pequim, capital da China, cientistas da Universidade de Ohio colocaram ratos de laboratório para respirar o ar extremamente poluído da capital, e perceberam que o risco de obesidade, o colesterol e a inflamação de tecidos corporais aumentaram depois da experiência.
O experimento, que foi publicado na The Faseb Journal, submeteu, ratas grávidas a um confinamento em um ambiente onde o ar poluído da cidade foi diretamente bombeado para dentro. Em outro cômodo, ratas também grávidas receberam ar filtrado, pelo menos dois terços menos poluído, durante todo o tempo. A experiência durou tempo o bastante para que as ratas dessem à luz, e os filhotes continuassem nos mesmos ambientes que as respectivas mães.
As ratas envolvidas no estudo tinham o mesmo peso, os mesmos níveis de colesterol e a mesma raça. Também foram alimentadas com as mesmas quantidades de comida durante todo o estudo. No entanto, ao completar 19 dias de experimento, as ratas confinadas no quarto poluído tinham aumentado consideravelmente seus pesos e tinham taxa de colesterol maior do que as do quarto limpo. Além disso, desenvolveram um princípio de diabetes devidos às dificuldades que a poluição causa para transformar o açúcar ingerido em energia. Quando os filhotes nasceram, assim como as mães, os que estavam confinados no quarto poluído eram bem mais gordos que os outros. Além disso, os bebês apresentavam maior resistência à insulina e mais inflamação dos tecidos.
Os cientistas ainda não sabem porque a poluição conseguiu afetar tanto assim o metabolismo dos ratos causando obesidade, problemas nos níveis glicêmicos e de colesterol. Ao que parece, o ar sujo mexe com o processamento de açúcar e o armazenamento de gordura no corpo. Quando o organismo percebe que não está conseguindo a quantidade certa de energia, passa a armazenar mais gordura para compensar.
Se a poluição faz isso com o corpo de um rato, já pensou o que pode estar fazendo com o seu?
Fonte:super.abril/fasebj Imagens: Reprodução/kopilo4ka/ phys/ mashable/
