Você tem esse tendão no pulso? Descubra o que ele significa e se ele pode mudar algo na sua vida!

Evolução humana: Você tem esse tendão no pulso?

Você pode fazer um experimento em casa. Apoie seu braço em uma mesa, com a palma da mão virada para cima e junte o dedo polegar com o dedinho (veja a foto). Se um tendão levantou no seu pulso, parabéns! Você ainda tem um vestígio de uma estrutura utilizada na locomoção dos nossos ancestrais. Se você parece não ter tendão no pulso e ele se manteve liso, como no segundo braço da foto, parabéns também, são coisas da evolução humana! Você já não possui esta estrutura vestigial que hoje em dia já não têm nenhuma função para o ser humano moderno.

Essa é a parte visível do músculo palmar longo, que já foi muito útil para que nossos ancestrais subissem ou se pendurassem em árvores, mas que hoje não tem utilidade funcional. Dos pouco mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, 1 bilhão delas simplesmente não ostentam o músculo palmar longo na sua estrutura óssea.

Não ter este músculo não representa qualquer prejuízo e hoje costuma-se tratar tal estrutura como “vestigial”. Assim como o palmar longo, outros “vestígios” da evolução podem ser facilmente encontrados em qualquer corpo humano: o músculo eretor dos pelos que nos provoca arrepios, os dentes de siso (conhecidos como terceiros molares), o apêndice, o tubérculo de Darwin, o músculo plantar. Todos aparentemente sem utilidade, mas que um dia foram fundamentais para nossos ancestrais.

O tendão está presente também em animais como lêmures e macacos, mas para estes grupos ainda é uma estrutura útil, uma vez que, ajuda na locomoção pelas árvores. Em animais como chimpanzés e seres humanos, o tendão se apresenta bem mais curto.

Essa é a parte visível do músculo palmar longo, que já foi muito útil para que nossos ancestrais subissem ou se pendurassem em árvores, mas que hoje não tem utilidade funcional.
Essa é a parte visível do músculo palmar longo, que já foi muito útil para que nossos ancestrais subissem ou se pendurassem em árvores, mas que hoje não tem utilidade funcional.

Um estudo da Unicesumar, Maringá (PR) verificou a prevalência do músculo palmar em humanos. De acordo com o resumo do artigo, foram utilizados 400 antebraços através do teste de flexão do punho para se verificar a presença do músculo palmar longo sendo ainda aplicado um questionário com questões abertas e fechadas. Entre os indivíduos avaliados foi constante a presença do músculo em 86% dos casos, sendo 49,4% do sexo feminino e 50,6% do sexo masculino.

Quando presente, verificou-se a bilateralidade em 86,1% dos indivíduos, sendo 53,4% em homens e 46,6% em mulheres. Já a presença unilateral foi constatada com maior frequência em mulheres (66,7%). Em relação à sua raça, verificou-se o predomínio do músculo na raça branca (46,5%). Com a realização deste estudo concluiu-se que o músculo palmar longo está presente na maioria dos indivíduos. Sob o ponto de vista estatístico, a ausência do músculo palmar longo é uma variação anatômica, pois não tem ocasionado prejuízo funcional.

Fonte: unicesumarnoticias.uol/ semprequestione