Estamos ensinando a desvendar as partes do microscópio óptico

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O homem tem uma capacidade incrível de criar e dentre as milhares de invenções já feitas pelo homem, o microscópio sem dúvida, deu uma grande força para a ciência. Sendo possível estudar as bactérias, os protistas e outros seres unicelulares e pluricelulares invisíveis a olho nu, sendo alguns deles responsáveis pela maioria das doenças hoje conhecidas.

O microscópio é a junção de duas palavras gregas, que significam “pequeno” e “observar”. É um ótimo instrumento para driblar a limitação da visão humana, podendo ampliar a imagem em até mil vezes. Não se sabe exatamente quem o inventou. Muitos dizem que foi criado por Zacarias Janssen, que presenteou o arquiduque da Áustria em 1590 com um microscópio. Porém muitos nomes são citados na história da microscopia, pois cada um colaborou aperfeiçoando esse incrível instrumento, que sem ele, não teríamos o mesmo conhecimento que temos hoje do “mundo oculto”.

            Os microscópios ópticos atuais têm diversas partes:

  1. As lentes oculares ampliam a imagem real transmitida pelas lentes objetivas, formando assim uma imagem virtual.
  2. O tubo ou canhão suporta as lentes oculares na extremidade superior, e na extremidade inferior, suporta o revólver.
  3. Revolver ou tambor suporta as lentes objetivas e permite trocar a lente objetiva rodando sobre um eixo.
  4. As objetivas são um conjunto de lentes fixas no revolver, que girando permite alterar a objetiva consoante a ampliação necessária. É a lente que fica mais próxima do objeto a observar, projetando uma imagem real, ampliada e invertida do mesmo. As ampliações das objetivas são: 10x, 40x, 50x, 90x ou 100x vezes.
  5. O braço ou coluna fica fixo à base, serve de suporte aos outros elementos.
  6. Platina ou mesa é o local onde se fixa a lâmina a ser observada, possui uma janela por onde passam os raios luminosos e também parafusos dentados que permitem deslocar a preparação.
  7. O condensador com diafragma é constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou afastadas do centro através de uma alavanca ou parafuso, permitindo regular a intensidade da luz que incide no campo de visão do microscópio.
  8. A lâmpada embutida é uma luz artificial emitida por uma lâmpada incluída no próprio microscópio com um interruptor e algumas vezes com um reóstato que permite regular a intensidade da luz. Os modelos antigos tinham um espelho de duas faces: a face plana para refletir luz natural e a face côncava para refletir luz artificial.
  9. Pé ou base é uma peça fixa à base, na qual estão aplicadas todas as outras partes constituintes do microscópio.
  10. O parafuso macrométrico permite movimentos verticais de grande amplitude da platina.
  11. O parafuso micrométrico permite movimentos verticais lentos de pequena amplitude da platina, para focagem precisa da imagem.
  12. O charriot é uma peça ligada à platina, que possibilita mover a lâmina, permitindo a melhor centralização da mesma.

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O microscópio óptico tem um funcionamento simples. Trata-se da junção das lentes oculares e objetivas, mais uma fonte luminosa, que hoje se utiliza uma fonte artificial, porém nos microscópios mais antigos, era usada uma fonte de luz natural, sendo auxiliada por espelhos. A luz atinge o condensador, atravessa o objeto e é conduzida para o canhão de lentes convergentes, formado pela objetiva e a ocular.  Quando o feixe luminoso atinge a lente objetiva, uma imagem intermediária e aumentada do objeto é formada. A lente ocular, então, funciona como uma lupa que amplia e produz a imagem final do material estudado.

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(1) Exemplo de uma lâmina não corada. Em destaque, cristais de ácido úrico na urina. (2) Exemplo de lâmina corada com fuscina. Nafoto, células da cebola.

O importante para uma boa visualização também, é a preparação da lâmina de forma correta. É necessário, para alguns materiais, a utilização de corantes, que tem a função de se ligar nas estruturas específicas do material em observação, para a luz atravessar o mesmo e podermos visualizar. Funciona como uma canetinha que contorna o desenho e um lápis de cor que preenche. É importante também um corte bem fino do material (até meio milímetro), para a luz atravessar com facilidade, caso ao contrário a luz não conseguirá atravessar por completo e não será possível a observação clara do material estudado.

Realmente a ciência pôde avançar muito depois da criação desta ferramenta indispensável nos dias de hoje, que conseguiu desvendar o mistério do mundo no nível celular, sendo até usado no símbolo da biomedicina.

Fontes: dsif.fee/ portaleducacao/ prolab/ Imagens: Reprodução/ autoria do autor: Lucas Moura/ dnaeoutrascoisas]/ ciencias1secunivia/