Especialistas garantem que a biorremediação é a melhor maneira de salvar o Rio Doce?

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De acordo com a Agência de Proteção Ambiental norte-­americana, a biorremediação age tratando ambientes através de organismos naturalmente existentes no meio e degrada substâncias tóxicas, transformando-as em substâncias não tóxicas ou menos tóxicas. Esse processo pode demorar muito tempo e também não degradar mais que uma fração do rejeito, ou então transformar o rejeito em algo mais tóxico do que era originalmente.

biorremediação é o processo pelo qual organismos vivos tais como, microrganismos, fungos, plantas, algas verdes ou suas enzimas são utilizados para reduzir ou contaminações no ambiente. Utilizando processos biodegradáveis para tratamento de resíduos este processo é capaz de regenerar o equilíbrio do ecossistema original. Especificamente, a biorremediação atua através da introdução de processos biológicos adicionais para a decomposição dos resíduos que favorecem e incrementam a velocidade do processo natural de degradação

Uma outra opção mais conveniente seria isolar bactérias resistentes aos poluentes, que também possam degradá-lo e reintroduzi-­las no ambiente contaminado, e torcer para que elas façam o seu trabalho como esperado, o que nem sempre acontece. Outra forma de lidar com os rejeitos seria utilizando plantas do tipo aguapés, porém esse procedimento teria que ser feito e logo após isso a planta deveria ser queimada e as cinzas descartadas corretamente. Esse processo é uma grande bola de neve.

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No caso da catástrofe ambiental que aconteceu no rio Doce, o volume de rejeitos que vazou da mineradora é muito grande. O pH (grau de acidez) da lama seria 13, extremamente básico. O uso de aguapés poderia talvez ajudar a melhorar um pouco a  qualidade da água do rio, mas seria inútil para remover e detoxificar os 60 milhões de toneladas de rejeito sólido que foram despejados no rio Doce. Para a sociedade como um todo, prevenir é sempre mais vantajoso do que remediar. Para as empresas de mineração, nem sempre.

Fonte: cienciahoje/ Biorremedia   Imagens: Reprodução/ sindipublicos/cienciahoje