Considerando um cenário em que a vida humana fosse extinta, muita gente imagina que algo semelhante ao Planeta dos Macacos seria o desfecho do cenário. Mas segundo Luc Bussiere, especialista em evolução e entomologia e professor na Universidade de Stirling, no Reino Unido, as coisas não seriam bem assim e esse pensamento é devido aos primatas serem os candidatos mais tendentes a nos proceder à extinção.
Entender porque os seres humanos são considerados a espécie dominante do planeta, é importante para compreender qual espécie dominaria o planeta com a nossa extinção.
Temos uma disposição a dar mais importância aos grandes organismos multicelulares que vieram depois das bactérias. Mas o fato é que antes, agora e certamente, depois, o planeta é dominado por bactérias. Elas sempre estiveram entre nós! Ao mesmo tempo, quatro em cada cinco animais são vermes nematoides (parasitas que possuem corpos cilíndricos e alongados), então, fica claro que ser uma espécie dominante não é questão de diversidade nem tamanho.
Existe uma tendência evidente em designar que os seres humanos são os organismos dominantes. O Planeta dos Macacos imagina que nossos parentes primatas mais próximos poderiam desenvolver a fala e adotar nossa tecnologia se este espaço for dado a eles. Mas as sociedades primatas (não-humanos) não são aptas a herdar nosso domínio da terra, porque os macacos são propensos a nos preceder à extinção. Ou seja, com a extinção dos seres humanos, os outros primatas provavelmente serão extintos antes. Na verdade, qualquer evento de extinção que afeta os seres humanos provavelmente será mais perigoso para os organismos que compartilham nossas necessidades fisiológicas básicas.
Mesmo se os humanos se sucumbissem a uma pandemia global que afetasse um número relativamente pequeno de outros mamíferos, os grandes macacos são precisamente as espécies que correm maior risco de contrair quaisquer novas doenças que nos impulsionam a partir da Terra.
Se não forem os macacos, então quem herdaria a Terra?
A resposta é insatisfatória e emocionante ao mesmo tempo. Uma certeza já podemos dar: não serão os chimpanzés! O fato é que o mundo tem passado por uma série de eventos de extinção em massa no curso de sua história. Os répteis sobreviveram à extinção do Permiano há cerca de 250 milhões de anos, que matou 90% da fauna da marinha e 70% das espécies terrestres. No entanto, milhares de anos mais tarde os dinossauros sucumbiram da Terra.
Assim, de acordo com Sephen J. Gould, no livro Wonderful Life: The Burgess Shale and the Nature of History, dificilmente poderemos prever o sucesso das futuras linhagens que virão após uma extinção e isso é um lembrete da complexidade das mudanças evolutivas.
No entanto, muitos têm especulado, que os insetos dominariam a Terra, mais provável que seriam as FORMIGAS nossas herdeiras e nós só podemos imaginar como serão os descendentes que as dominarão.
Fonte: dailymail/ brasilescola/ jornalciencia Imagens: Reprodução/ dailymail/ aease
