Muitas pessoas abandonam qualquer regra durante suas viagens, seja com relação a horários ou até mesmo no que diz respeito ao que se come. O problema é que tirar o organismo dos hábitos cotidianos pode trazer uma série de desconfortos, como, por exemplo, a prisão de ventre. Entre os viajantes, cerca de 40% experimentam constipação enquanto estão longe de casa, devido em parte à reação das bactérias do intestino à mudança de cenário.
Toda vez que mudamos nosso habitat natural, a microbiota intestinal sai de equilíbrio. Em algumas pessoas, o próprio ato de viajar do ponto A para o ponto B pode causar prisão de ventre. Como o movimento estimula o intestino, quando ficamos sentados por muito tempo durante o deslocamento acabamos tendo prisão de ventre.
Muitas pessoas têm hábitos de ir ao banheiro em intervalos bem regulares durante todo o dia. As mudanças de fuso-horário acabam representando um problema resultando em constipação.
Conforme já relatamos anteriormente, nosso intestino tem o “segundo cérebro”, com nada menos que cerca de 100 milhões de neurônios que revestem o intestino e cumprem um papel de destaque não só na digestão, mas também na interação intestinal de uma pessoa com seu estado mental. Os pesquisadores concluíram que sensações como ansiedade podem afetar a forma como funciona o seu “cérebro intestinal” que pode ter um efeito sobre funcionamento do intestino.
Além disso, já ficou provado que durante as viagens a gente acaba comendo demais, saindo da dieta e ingerindo mais alimentos gordurosos o que, de alguma forma contribui para a constipação de viagem.
Acontece mais com mulheres
O problema costuma atingir mais as mulheres do que os homens e é caracterizado pela dificuldade de evacuar, fezes endurecidas, dores abdominais e excesso de gases. Endocrinologistas dizem que isso pode ser explicado pelas diferenças hormonais entre os sexos que fazem, por exemplo, com que o metabolismo masculino seja mais acelerado do que o feminino.