Descoberta da causa de esclerose lateral amiotrófica pode significar a chave para a cura desta e de outras doenças neurodegenerativas

1406

No ano passado, o filme “A Teoria de Tudo” chamou a atenção de Hollywood ao contar a história do famoso físico e cosmólogo britânico Stephen Hawking e sua luta contra a ELA, ou, se preferir, esclerose lateral amiotrófica. Diagnosticado com a doença aos 21 anos de idade, Hawking tornou-se um símbolo de luta e superação, já que ultrapassou em muito o prognóstico médico para pessoas em sua condição. Supostamente, ele deveria ter vivido até os 24 anos.  Este mês, ele completa 74.

Casos como o de Hawking, entretanto, ainda são, infelizmente, uma exceção. Em regra, uma vez instalada, a ELA, também chamada de “doença de Lou Gehrig”, costuma cumprir o prometido. Classificada como uma doença neurodegenerativa, que é a mesma categoria do Alzheimer, tem como diferencial o fato de que enquanto os neurônios motores se degeneram, a pessoa continua consciente e sua capacidade mental, intacta.  O que leva o paciente à morte é que, com a atrofia dos músculos, uma consequência inevitável é a falência respiratória.

Há não muito tempo atrás, uma campanha na Internet onde pessoas famosas banhavam-se com água gelada na frente das câmeras chamou a atenção da sociedade para essa realidade que até então, ainda era quase que desconhecida para muitas pessoas. Embora tenha sofrido uma série de críticas nas redes sociais por parte daqueles que não viam uma finalidade prática para essa “brincadeira”, mais de 100 milhões de dólares foram arrecadados para pesquisas. E graças à isso, agora já se sabe o que causa a ELA, o que com certeza, representa um grande avanço na busca da cura.

Stephen-Hawking-010

Cientistas da Carolina do Norte localizaram o vilão da doença. Um aglomerado tóxico de moléculas (três, sendo mais exato) que passa a ser produzido uma vez que a proteína SOD1 sofre mutação. Agora, sabendo disso, o próximo passo é elaborar uma droga que ponha um freio nesse processo nocivo de agrupamento molecular.  Embora ainda não se saiba exatamente como será isso, os avanços feitos até agora são promissores, e o que antes era uma longínqua possibilidade, agora parece ser apenas uma questão de tempo.

Fonte: super.abril./infomedica   Imagens: doutoresdaalegria/hypescience