Se liga! Depilação do ânus pode deixar a região vulnerável a infecções bacterianas

Uma pesquisa feita pela Universidade de Indiana e pelo Instituto Kinsey para Estudos sobre Sexo, Gênero e Reprodução em 2012, revelou que as mulheres adeptas da depilação íntima são mais confiantes e seguras em relação ao seu corpo, além de apresentarem maior índice de satisfação sexual. Elas também examinam mais os seus órgãos genitais, notando sempre que há alguma alteração.

A depilação da região perianal (próximo ao ânus), causa preocupação entre os especialistas que defendem o papel protetor dos pelos íntimos. Além da necessidade dos pelos para evitar infecções, essas áreas são muito sensíveis, podendo sofrer lesões facilmente. A área perto do ânus é composta por uma superfície submucosa, parecida com o nosso lábio, por isso é preciso tomar muito cuidado.

O ponto importante a se analisar é que, com a remoção dos pelos da região íntima, inclusive do ânus, as bactérias terão acesso mais livre para adentrar na pele, através dos poros, e também nas cavidades anal e vaginal. Além disso, o atrito direto com a calcinha e absorventes aumenta a umidificação do local, o que facilita ainda mais proliferação de micro-organismos. Apesar disso, os ginecologistas não apontam qualquer contraindicação para a depilação anal e apenas alertam para alguns cuidados que devem ser tomados.

A remoção nunca deve ser total. De acordo com a ginecologista Fernanda Araujo Pepicelli “Deve-se manter alguns pelos perto da entrada da vagina e perto do ânus, pois os pelos são uma forma de proteção, uma barreira contra infecções. Nesses locais, pode-se usar uma tesourinha para deixá-los pequenos“.

De todas as técnicas de depilação a que mais preocupa é utilizar a cera, principalmente porque todos os materiais precisam ser descartáveis, caso contrário é uma bomba de doenças, chegando a transmitir HPV, HIV e Hepatite B e C. Além das infecções, ao puxar, muitos pelos acabam quebrando e causando o que é conhecido como “cabelo encravado“, que pode gerar infecções muito mais sérias. Além disso, cera e os utensílios utilizados, como palitos e luvas, nunca devem ser reaproveitados, pois podem ser veículos de transmissão de doenças.

Fontes: bolsademulher/bolsademulher/delas.ig/noticias