Pedras de vesícula de bois são vendidas a preço de ouro para países asiáticos, mas ainda não se sabe porquê.

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Pedras da vesícula de boi e vaca (pedra do fel) valem muito dinheiro

“Olá gostaria de sugerir uma matéria sobre as pedras da vesícula raras encontradas no boi e vaca que valem muito dinheiro. Elas são vendidas para indústria farmacêutica e são chamadas de pedra do fel.” (Ritieli Chagas)

Ritieli, essas pedras realmente tem valido muito aqui no Brasil! Existem relatos de que a pedra de vesícula do boi brasileiro está valendo mais que o ouro no mercado internacional.

O cálculo na vesícula biliar dos bovinos (pedra do fel), tem valido uma fortuna pela redução na oferta. Os animais são abatidos cada vez mais cedo, entre os 24-30 meses de idade. E esses cálculos só são encontrados em animais com quatro ou mais anos. Algumas pessoas trabalhavam com quilos de pedras, e após essa diminuição, o preço subiu muito.

O cálculo é formado pelo acúmulo de sais (biliares e de cálcio) na vesícula biliar do animal. Não existe ainda, pesquisas que expliquem os fatos que determinem sua formação. Só se sabe que é preciso que seja um animal mais velho.

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Resultante da precipitação do colesterol, ácido graxo e do corante da bile, as calcificações formadas na vesícula biliar bovina são muito leves e têm constituição irregular. São redondos ou ovais, na maioria das vezes de superfície lisa e brilhante. Um único cálculo pode ter o tamanho de um grão de feijão, chegando até a ser do tamanho de uma bola de pingue-pongue. Com a cor aproximando-se do vermelho e do amarelo, são disputadas no matadouro.

Preço de ouro

Um quilo de pedra vale US$ 3 mil, porém é preciso seis meses para juntar este volume. Alguns frigoríficos dispensam comentar detalhes a respeito e outros não aceitam nem falar sobre as tais pedras valiosas.

Conforme a produção da pedra foi se tornando mais rara, aumentou-se também o segredo que se faz em torno do seu uso e comércio. Os frigoríficos vendem as pedras para intermediários, que as encaminham ao destino final. Relata-se que essa matéria-prima interessa a orientais, especialmente aos japoneses.

O preço se compara ao do grama do ouro e a os a descrição de seus usos encontram bastantes divergências. Alguns o associam ao processo de indução para formação da pérola. Existem os que afirmam que os cálculos são usados para fixação de pintura em porcelana. Há os que asseguram que eles possuem propriedades afrodisíacas e outros que citam seu uso para fabricação de medicamentos.

Uma única e boa pedra pode valer o mesmo que vários bois. Nos abatedouros, furando a vesícula biliar, o líquido escorre por uma peneira. Se existirem, os cálculos ficam presos em uma caixa, com cadeado. Em alguns frigoríficos a vigilância é feita por câmeras e todos passam por meticulosa revista ao sair do local.

Existem até mesmo funcionários de frigoríficos que disputam as linhas de abate próximas ao fígado do animal na esperança de encontrar um desses cálculos. Seja qual for seu verdadeiro uso, quem sabe parece não querer dividir o segredo com ninguém.

Fontes: revistagloborural/jornalnacional/edcentaurus/cnpc