Surpreendente: Extintos há milhares de anos, os mamutes podem voltar a vida com a ajuda da Engenharia Genética

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Atualmente o maior animal terrestre existente é o elefante, nome genérico dado aos membros da família Elephantidae. Caracterizada por mamíferos de grande porte, esses animais de tromba podem pesar até 6 toneladas e medir cerca de 4 metros. Atualmente a família possui apenas 3 espécies, sendo duas africanas (Loxodonta) e uma asiática (Elephas), todas ameaçadas de extinção. Inclusive, as espécies africanas, até pouco tempo atrás eram consideradas como uma única espécie. Foi através de exames de DNA que descobriu-se diferenças no gênero Loxodonta, caracterizando assim uma espécie pertencente a savana e outra a florestas. No entanto, apesar dos pouquíssimos representantes na atualidade, há milhares de anos a ordem Proboscidae (a qual pertence a família Elephantidae) incluía uma vasta diversidade, agrupando cerca de 170 espécies, dentre elas, os “parentes” mais próximos dos elefantes: os mamutes. Com um corpo coberto por uma camada espessa de pelo acinzentado, medindo até 5 metros e com longas pressas de marfim, esses animais viviam em manadas e eram herbívoros, semelhantemente aos elefantes.

Lembra do filme “A Era do Gelo”? Sim, o filme retrata exatamente o período em que esses seres impressionantes estavam sendo extintos. Há alguns milhares de anos atrás ocorreram 6 grandes Eras Glaciais. Isso quer dizer que a temperatura da Terra diminuiu muito, a ponto de congelar diversas regiões e extinguir muitas espécies. Entre essas Eras Glaciais ocorreram períodos mais quentes, e foi no final de uma destas que, com as mudanças climáticas ocorridas, os mamutes deixaram de existir. Porém, a Glaciação não foi o único motivo para o fim dos mamutes: os homens pré-históricos colaboraram ao caçarem os mamutes para fins alimentícios, usando também a sua pele para a confecção de vestimentas e os ossos para a produção de ferramentas e obras de arte. Enfim, infelizmente, não é de hoje que o ser humano interfere na natureza!

Mas sabia que esses animais, extintos há cerca de 4 mil anos, podem retornar a vida? Nos últimos anos, fósseis de 7 espécies de mamutes já foram encontradas na Europa, norte da Ásia e América do Norte, sendo alguns deles bem conservados. Dentre esses fósseis, dois foram encontrados em perfeito estado de conservação. A descoberta das carcaças ocorreu esse ano na Sibéria e na Rússia. A descoberta de fósseis de uma das espécies mais comuns de mamute, conhecida como mamute-latinoso, que viveram, respectivamente, há 45 mil e 4,3 mil anos atrás nessas regiões, permitiram a extração de DNA de um dente e de um tecido mole. A esperança é que, por meio da engenharia genética (conjunto de técnicas que permitem a manipulação de genes), seja possível clonar o mamute, trazendo-o de volta a vida após milhares de anos.

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Os avanços para “ressuscitar o grandalhão” estão a todo vapor, e estamos mais perto do que nunca desse fato histórico: pela primeira vez na história, um grupo de cientistas da renomada Universidade de Havard (EUA), inseriram genes de mamute-latinoso no genoma de um elefante. Com uma técnica inovadora, foram inseridas determinadas regiões de DNA do mamute em seu parente mais próximo, priorizando genes relacionados à resistência ao frio (como de pelos, tamanho da orelha e gordura subcutânea). Assim, foram criadas células de elefante funcionais com DNA de mamute. No entanto, a descoberta é controversa: há quem defenda tais estudos e quem desconfie por defender a importância da preservação das espécies de elefantídeos existentes (o que não têm sido eficiente), ou mesmo há quem defenda que, caso seja realmente clonada, a espécie de mamute deve ser reintroduzida na natureza, e não virar meras atrações de zoológicos.

Fonte: folha/Proboscidea/revistagalileu/suapesquisa/infoescola/Elefante/eraglacial   
Imagens: cienciahoje/virtualink