Assista ao vídeo: Prato japonês traz lula morta “de volta à vida” depois de regá-la com molho de soja!  Como isso é possível?

O prato japonês conhecido como “Dancing Squid Bowl Dish” (algo como, “dança da lula na tigela”) tem dado o que falar no restaurante sushi japonês Ikkatei Tabiji. Os criadores do prato garantem que a lula “volta à vida” depois de ser regada com molho de soja (molho Shoyo).

O que parece impossível torna-se “real” diante de nossos olhos, conforme pode ser visto no vídeo. O corpo do cefalópode se contorce, seus braços erguem fazendo realmente uma dança dentro da tigela que está prestes a ser comida por alguém. Isso leva as pessoas a perguntarem se o animal está realmente morto e pronto para ser ingerido. Bem, na verdade a resposta é SIM, a lula já está morta. No entanto, essa é uma reação ao sal presente no molho de soja com as células musculares da lula morta recentemente. Isso acontece porque mesmo com a lula morta, a maioria das suas células musculares e nervosas ainda estão intactas e algumas das funções bioquímicas celulares continuam funcionando. As células musculares ainda acumulam energia sob forma de moléculas de ATP.  Como as células musculares ainda “não perceberam” que não existe mais vida, elas podem facilmente ser enganadas e acharem que estão recebendo um sinal cerebral para se moverem. Até que o ATP e as funções químicas se esgotem, as fibras musculares podem se mover.

Bem, quando o corpo está vivo, ele depende de sinais químicos vindos do cérebro, que caminham através das células nervosas e ativam a contração muscular. Aí, ocorre o movimento. No caso das pernas de rã, não existe mais os sinais químicos, mas o sal (Cloreto de sódio – NaCl) “falsifica” o sinal do cérebro. As células nervosas são ativadas e ordenam a contração muscular.

Isso acontece porque o íon sódio (Na+), presente no sal de cozinha, é combustível para o funcionamento da Bomba de sódio e Potássio, um mecanismo presente na membrana plasmática de quase todas as células que é fundamental para o funcionamento das células musculares e nervosas.

Fonte: huffingtonpost/diariodebiologia  Imagens: youtube