A Esquistossomose pode estar descontrolada no Brasil e nosso governo não se importa!

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Vivemos num país que o sistema de saúde não vai muito bem, onde famílias são dizimadas pelo simples fato de não existir um atendimento de qualidade nos hospitais ou por falta de um simples medicamento para o tratamento de doenças. É assim que uma doença parasitária como a Esquistossomose é vista no Brasil, ou seja, é uma doença negligenciada pelo governo, sem preocupação, onde inúmeros casos são notificados a cada dia por todo o país, principalmente no Nordeste.

Para entender como essa doença ataca o ser humano, vamos compreender como inicia o seu ciclo. A esquistossomose é causada por um parasita chamado de Schistosoma mansoni que tem como hospedeiro definitivo o homem e os caramujos de água doce, especificamente, do gênero Biomphalaria, como hospedeiro intermediário para que o seu ciclo seja desenvolvido. O início deste ciclo começa quando um homem infectado elimina suas fezes e que devido às más condições de saneamento básico atingem os rios, açudes e lagos. Os ovos produzidos pelo parasita acabam sendo jogados nessas águas onde eclodem e encontram os caramujos para se alojar e iniciar a primeira parte de seu desenvolvimento. Assim que as larvas se desenvolvem são liberadas pelos caramujos e as pessoas que entram em contato com essas águas são infectadas por elas pela pele e mucosas. Eles invadem os tecidos e crescem no interior dos vasos sanguíneos.

Na fase aguda, a doença causa coceiras, dermatites, febre, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e muito emagrecimento. Em sua fase crônica, diarreias e prisão de ventre se intercalam e pode evoluir para quadros graves como, aumento do fígado e cirrose, aumento do baço, hemorragias pelo rompimento de veias no esôfago, a famosa barriga d’água que deixa o abdômen dilatado devido o plasma que sai do sangue e vasa pelos tecidos.

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Não existe vacina para essa doença, porém o tratamento para a esquistossomose é simples e realizada com alguns medicamentos específicos que combatem o parasita, como o hicantone, uma nova droga que se mostrou eficaz na cura da doença na maioria dos casos. O problema na verdade não é o tratamento com a medicação, o fator principal causador da doença é falta de respeito e dignidade que as autoridades não dão para a população que vive em verdadeiros “ninhos” dos parasitas em meio a esgotos, água suja e córregos totalmente poluídos e sem tratamento. Uma forma de prevenção da doença é o simples saneamento básico que deveria ocorrer nas cidades brasileiras, mas o que vemos são casos e mais casos da doença e em crescente evolução no país. As secretarias de saúde dos estados brasileiros muitas vezes não apresentam a real situação destas doenças parasitárias e escondem os verdadeiros dados que são registrados pelas pesquisas das universidades federais, como no estado do Maranhão, onde a UFMA, em suas pesquisas demonstraram que a transmissão da doença está descontrolada e nada se faz a respeito.

É necessário uma grande conscientização e ficar alerta para este tipo de ocorrência. A doença é séria e pode causar sérios danos a população quando não tratada no momento certo, isso porque a doença evolui para quadros irreversíveis e sua transmissão pode continuar por anos quando o saneamento básico não é realizado nas cidades. É preciso agir o mais rápido possível para que uma doença tão simples não venha se tornar uma epidemia nacional!

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Fontes: portalsaude/minhavida/globo/drauziov
Imagens: planes/jeftes/portsor/dssbr