Você acredita em E.T.? Cientistas buscam vida fora do planeta Terra

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Você já deve ter assistido filmes, como o do diretor norte-americano Steven Spielberg, que retratam E.T.’s (extraterrestres). Também não é incomum notícias nas mídias sobre o tema e boatos de que instituições responsáveis pelas pesquisas espaciais, como a NASA (Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica), escondam mistérios e tenham conhecimento sobre a existência de alienígenas. Frequentemente são anunciadas observações de OVNI’s (Objetos Voadores Não Identificados) em vários locais do planeta, como o caso do “E.T. de Varginha”, cidade mineira que ficou muito famosa por essas supostas aparições. No entanto, muitos alertas sobre aparições de extraterrestres foram descartados, sendo o objeto visto, não um disco voador, mas um satélite ou outra aeronave.

Mas será que existe vida fora do planeta Terra? Relacionada a essa questão uma nova área tem ganhado força nos últimos anos. A astrobiologia surge como uma área multidisciplinar, que busca compreender como surgiu a vida na terra, como ocorre sua distribuição e evolução, pensando em possíveis destinos das espécies, além de buscar formas de vida fora de nosso planeta. Interessa a astrobiologia encontrar e compreender a formação de moléculas que possam ter originado a vida (pré-bióticas) em planetas e no meio interestelar, além de analisar como acontecimentos astrofísicos (como as chuvas meteóricas) interferiram no surgimento e manutenção da vida na Terra, e nas possíveis condições de vida em outros planetas. Um astrobiólogo pode ter formação como biólogo, químico, físico, astrônomo, geólogo, ou de áreas afins. Tratando-se de uma área muito recente, no Brasil, o primeiro grupo oficial de pesquisa surge em 2006, e desde então eventos e debates são organizados para pensar sobre tais questões.

E como são realizadas as pesquisas em um universo tão grande? Muitos estudos são desenvolvidos em laboratório, realizando simulações por meio de experimentos e computadores, ou em ambientes extremos (como a Antártida) que simulem determinadas condições de vida, transpondo os resultados para situações espaciais. Além disso, outras evidências são procuradas. Há  hipóteses de que a vida na Terra pode ter iniciado por partículas extraterrestres, que vieram por meio de asteroides ou cometas, e recentemente pesquisadores da Inglaterra afirmaram encontrar em um meteorito organismos que comprovariam essa ideia. Adeptos da teoria da “panspermia”, eles acreditam que há vida em todo o universo! No entanto, críticos dizem que os organismos encontrados tratam-se de vida terrestre, ou seja, o meteorito apenas foi “contaminado”.

Esta imagem de uma diatomácea (supostamente encontrado em um meteorito) provas de vida extraterrestre? Foto: Reprodução/livescience
Esta imagem de uma diatomácea (supostamente encontrado em um meteorito) provas de vida extraterrestre? Foto: Reprodução/livescience

De qualquer forma, até o momento não se confirmaram nenhuma das hipóteses sobre a existência de formas de vida complexas no universo. Apesar de não encontrarem “marcianos” ou outros alienígenas como os filmes retratam, uma exploração espacial da NASA apontou para a existência de microrganismos extremófilos (que vivem em ambientes com altas temperaturas, pressão, etc.) em planetas como Marte. Além disso, foi descoberta a existência de água no planeta. Cientistas apontam ainda que, caso encontremos vida extraterrestre, possivelmente ela não terá as mesmas características com as quais estamos habituados na Terra. Diante disso, ficam perguntas como: “Estamos ou não sozinhos no universo? Conseguiremos habitar outros planetas um dia?”.

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Apesar de não encontrarem “marcianos” ou outros alienígenas como os filmes retratam, uma exploração espacial da NASA apontou para a existência de microrganismos extremófilos (que vivem em ambientes com altas temperaturas, pressão, etc.) em planetas como Marte. Foto: Reprodução/zbrushcentral

Fontes: terra, revistaecologica, livescience, revistagalileu, g1, fapesp e universitario