Jaleco não está na moda! Veja os riscos que profissionais que usam jaleco fora do ambiente de trabalho podem estar trazendo para você

É muito comum que em regiões próximas a hospitais e clínicas vermos os funcionários circulando enquanto usam um equipamento de proteção individual: o jaleco. Há quem diga que muitos consideram elegante e charmoso desfilar com a indumentária pelas ruas frequentando inclusive restaurantes e lanchonetes.

O fato é que usar esta vestimenta profissional fora do ambiente de trabalho pode representar um risco incalculável para a saúde das pessoas em volta. Em uma pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), mostrou que 95% dos jalecos de médicos e enfermeiros examinados estavam contaminados. Entre os micro-organismos identificados, está uma bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar, a Staphilococcus aureus.  O estudo conclui que em vez de proteger o usuário, o jaleco médico pode ser fonte de contaminação, principalmente na região do punho.

Pesquisadores do Shaare Zedek Mecical Centerin de Jerusalém fizeram culturas de uniformes de 75 enfermeiras e 60 médicos trabalhando num hospital com 550 leitos. Patógenos potenciais (conhecidos também como agentes infecciosos ou germes) foram encontrados em 63% dos uniformes. Também foram encontradas bactérias resistentes a antibióticos em amostras de 14% dos uniformes das enfermeiras e 6% dos uniformes dos médicos. Oito das culturas se desenvolveram como Staphilococcus aureus resistentes à meticilina.

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Por causa de tantos estudos comprovando que o uso do jaleco fora do ambiente de trabalho pode resultar em riscos para a população, diversos projetos de lei que proíbem o uso da vestimenta profissional nas ruas já forma aprovados em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Entretanto, alguns profissionais defendem que o risco de fato é o contrário. De acordo com o Dr. Alceu Fontana Pacheco, médico infectologista, o maior problema não seria a contaminação de agentes patológicos dos restaurantes para os hospitais e, sim, o inverso. “As possibilidades de o profissional de saúde carregar germes da comunidade para dentro do hospital é pouco significativa do ponto de vista patológico. As bactérias mais perigosas, as multirresistentes, já estão dentro dos hospitais. Sendo assim, não há muita significância no transporte de bactérias da comunidade para dentro do hospital“, diz.

 

 crmprjmonlineg1/ sindhost