Diferença entre porco-espinho e ouriço: Os ouriços são mamíferos insetívoros na família Erinaceidae da ordem Erinaceomorpha. Tais animais possuem o dorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores por pêlos. Os porcos-espinhos “verdadeiros” são roedores da família Hystricidae (porco-espinho do Velho Mundo) e Erethizontidae (porco-espinho do Novo Mundo). Nenhum dos dois possuem espinhos venenosos e tão pouco podem lançar espinhos. Os espinhos só desprendem se forem tocados. Os espinhos também não são venenosos, embora o acidente seja bastante dolorido.
Embora poucos ouvimos falar sobre o assunto, os ataques de ouriços contra cães são cada vez mais frequentes. Quase sempre, os cães são atraídos pelo movimento do animal e, como qualquer outro caçador, atacam o porco-espinho por instinto, assim, acabam sendo atingidos pelos espinhos.
Aqui no Brasil, uma das espécies mais conhecidas por atacarem cães é o “Ouriço-cachaceiro” ou “Porco-espinho-brasileiro”, normalmente da espécie Coendou prehensilis que pode ser encontrada em florestas da Venezuela, Guianas, norte da Argentina, Bolívia, Trinidad e Brasil. O ouriço transita pelas orlas das matas, entrando então, em contato com animais domésticos e com os humanos. Ele é insetívoro, mede entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg de peso máximo.
Na verdade, os espinhos, são pelos modificados, extremamente duros e que servem como uma forma de defesa do animal. Os espinhos são liberados quando o cão encosta no animal ou quando o ouriço se sente ameaçado. Este espinho tem um mecanismo muito bacana onde, ao ser tocado em sua extremidade, ele se desprende da base do corpo do roedor e fica preso na pele do predador. Ao contrário do que muitos acreditam, esse animal não é capaz de lançar os espinhos contra seus inimigos. Na ponta de cada espinho existem minúsculas farpas que tornam a retirada mais difícil e dolorosa para o cão. Por isso, o ideal é que o dono não tente retirar os espinhos sem o auxílio de um veterinário. É preciso anestesiar e usar uma técnica diferenciada para retirada.
O principal problema dos ataques, é extrair os espinhos rapidamente, pois se não forem removidos em tempo hábil, poderá haver uma inflamação ou uma infecção na região. A retirada deve ser feita com muito cuidado para evitar que eles quebrem e fiquem presos dentro do corpo do animal atacado. Após essa extração, os pacientes, geralmente, recebem antibióticos e anti-inflamatórios para controlar os efeitos do acidente.
É preciso ser cuidadoso, pois qualquer cão pode ser atingido, mesmo aqueles que vivem dentro de casa. Às vezes, em um parque ou em um local próximo à mata, é comum encontrar essa ouriços e os cachorros geralmente são curiosos e querem interagir, o que pode desencadear no ataque.
Veja a seguir imagens de cães que foram atacados por ouriços ou porcos-espinhos.
Fontes: caliandradocerrado/caesamigos Imagens: oloxa/biolib/ iplay/douradosagora