É possível, literalmente, morrer de medo?

“A gente sempre diz “morro de medo”, mas queria saber se é mesmo possível morrer de medo, literalmente!” (Silvânia Pereira)

Silvânia, quem na infância nunca teve medo do escuro? Ou de filmes de terror, ou de algum animal… O medo é muito comum entre nós, independente da idade e sexo. Às vezes com a maturidade deixamos de ter medo de algo que tínhamos quando éramos mais novos. Mas algo é certo, em algum momento de nossas vidas, ou por toda ela, sentimos medo, momentâneo ou não.

O medo nada mais é que uma forma de proteção do nosso corpo, que quase sempre se refere a uma situação muito definida. É uma reação que acontece no cérebro, inconsciente, tendo início com o estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que desencadeiam algumas reações como aumento na frequência cardíaca, aceleração na respiração e na energia dos músculos.

Devido a esse medo natural é muito comum escutarmos o termo ‘’morro de medo’’, então é possível mesmo morrer de medo? Na verdade, essa afirmação “morrer de medo’’ não passa de um exagero para demonstrar o quanto temos medo de algo, assim, não é possível alguém morrer de medo. Contudo, o que pode acontecer é a fatalidade no momento de um susto que virá seguido pelo medo.

Os sintomas do susto não são muito diferentes do medo. Ele é um evento biológico intenso e hiperagudo, e acontece rapidamente. Assim como no medo, o cérebro é acionado quando percebe está em perigo, então o corpo ativa diversos mecanismos para uma fuga rápida. O indivíduo pode vir a morrer nesse momento por infarto, com a aceleração dos batimentos cardíacos, ter uma morte súbita ou um acidente vascular cerebral (AVC), já que a adrenalina faz com que os vasos sanguíneos se contraiam dificultando a passagem do fluxo sanguíneo.

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O medo é uma reação que acontece no cérebro, inconsciente, tendo início com o estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que desencadeiam algumas reações como aumento na frequência cardíaca, aceleração na respiração e na energia dos músculos. Foto: sacizento

Fontes: super, hsw, clicrbs e saude

Este texto é de autoria da Bióloga Nayara Castro