Conheça as armas usadas na luta silenciosa das plantas contra predadores!

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Na natureza existem duas formas conhecidas e eficazes de se defender de um predador: lutar ou correr. A maioria dos seres vivos utilizam dessas duas técnicas, até mesmo nós, os seres humanos. Porém a natureza é muito ampla e diversificada e nem todos que fazem parte dela conseguem se mover, é o caso das plantas. Mas não pensem que por isso elas não se defendam, elas se defendem sim de seus predadores, só que de uma forma muito mais sutil e silenciosa.

As plantas sofrem com a predação desde que elas existem. Mas mesmo assim elas foram capazes de superar e sobreviver, tanto é que hoje em dia conhecemos muitas plantas completamente diferentes. Para isso elas precisaram evoluir de diversas maneiras a fim de evitar serem predadas de forma muito prejudicial, e aquelas que conseguiam evoluir conseguia também sobreviver e ter descendentes que herdavam os mecanismos de defesa. As que não conseguiram, ficaram pra trás na história.

 Esse meio de defesa não aconteceu da mesma maneira para todas as plantas, pois outra caraterística desfavorável é o fato delas não conseguirem conversar, então não era possível contar para as outras como se defender, cada uma tinha que dar seu jeito. Além disso, elas encontravam formas diferentes de se protegerem porque os predadores não eram os mesmos para todas elas.

Existem diferentes meios de defesas usadas pelas plantas, os mais comuns são os mecanismos físicos e químicos. As defesas físicas são aquelas cujo a planta se modifica para prejudicar o predador. Elas podem produzir ceras que prendem os predadores e impossibilita a predação, podem produzir espinhos que perfuram aqueles insetos que vão comê-las e ainda podem fazer com que as folhas ou caules fiquem mais duros não permitindo a mordida e ainda prejudicando o aparelho bucal (boca) de quem está se alimentado de alguma parte dela. Entretanto, a arma física mais poderosa das plantas são estruturas chamadas tricomas. Eles se parecem pelos e estão presentes em maior quantidade nas folhas, mas podem estar nos caule e frutos. Podem também assumir diversas formas, como as de agulhas que perfuram os predadores, e ainda armazenam compostos tóxicos. As defesas químicas das plantas são substância que podem ter cheiros ruins ou ser prejudiciais para os predadores. Essas substâncias são liberadas quando uma parte da planta é arrancada podendo matar o predador, afastá-lo ou ainda e mais interessante, atrair outro inseto que irá comer esse predador.

Os tricomas se parecem pelos e estão presentes em maior quantidade nas folhas, mas podem estar nos caule e frutos. Podem também assumir diversas formas, como as de agulhas que perfuram os predadores, e ainda armazenam compostos tóxicos. Foto: Reprodução/aprendabio
Os tricomas se parecem pelos e estão presentes em maior quantidade nas folhas, mas podem estar nos caule e frutos. Podem também assumir diversas formas, como as de agulhas que perfuram os predadores, e ainda armazenam compostos tóxicos. Foto: Reprodução/aprendabio

Além de todas essas armas fantásticas, as plantas ainda podem se associar a outros seres vivos. Isso acontece com algumas espécies de formigas, por exemplo, que recebem da planta substância doces de interesse e em troca dão proteção a elas. Essa forma de proteção que as plantas encontraram para sobreviver e ter descendentes férteis não é incomum, elas acontecem sempre, mesmo parecendo invisíveis aos olhos da maioria dos seres humanos e tem sido uma forma interessante de controle de pragas em plantações de interesse econômico, sendo um meio eficaz de evitar produtos químicos como pesticidas e herbicidas.

espinhos
Espinhos que perfuram aqueles insetos que vão comê-las e ainda podem fazer com que as folhas ou caules fiquem mais duros não permitindo a mordida e ainda prejudicando o aparelho bucal (boca) de quem está se alimentado de alguma parte dela. Foto Reprodução/aprendabio

Fontes: ecologia, ufrgs e International jounal of molecular sciences – Plante defense against insect herbivores