Poison Garden: o jardim mais perigoso do mundo que só cultiva espécies venenosas

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Um jardim bem incomum encontra-se situado na cidade de Alnwick, no Norte da Inglaterra. Diferente de muitos dos jardins que vimos por aí, este se dedica as espécies peculiares (para não dizer perigosas!). Nele encontram-se mais de 100 espécies de plantas venenosas.

Concebido por Helen Percy, a duquesa de Northumberland, percebeu que um jardim mortal seria bem mais interessante e que curiosos o procurariam para saber quais espécies podem matar e o poder assassino ao ser exposto a cada uma dessas plantas. É tão sério isso, que a curadora precisou de uma licença especial do governo britânico para cultivar e expor muitas espécies proibidas.

Aberto ao público desde 2005, o jardim contou com o apoio dos paisagistas belgas Jacques e Peter Wirtz, para que preparassem um lugar com muito verde e agradável aos visitantes. Todo o jardim é cercado por muros e grades, além de haver um grande aviso logo na entrada advertindo os visitantes: “Essas plantas podem matar”. Até funcionários do local respeitam essa advertência, utilizando equipamentos de proteção ao manusear as plantas.

No jardim mais venenoso do mundo, são cultivadas espécies venenosas, alucinógenas e medicinais de vários países, como beladona, mandrágora, cicuta, noz-vômica, dentre outras.As visitas são conduzidas por guias que contam as lendas e fatos científicos de cada planta. Apesar de todo o cuidado e placas por todos os lados, algumas plantas ficam expostas em grande gaiolas para não haver riscos de curiosos tocá-las ou cheirá-las. Existem plantas tóxicas que podem matar ou adoecer apenas através do toque ou aspiração.

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Concebido por Helen Percy, a duquesa de Northumberland, percebeu que um jardim mortal seria bem mais interessante e que curiosos o procurariam para saber quais espécies podem matar e o poder assassino ao ser exposto a cada uma dessas plantas. Foto: walkingontherainbows

É preciso tomar muito cuidado com todas elas, pois algumas flores são tão lindas apesar de mortais, e outras parecem tão inofensivas que é difícil imaginar seu perigo. As belíssimas vincas e os narcisos são exemplo disso.

E, como já foi dito, plantas produtoras de narcóticos se encontram por lá, como a papoula, a Cannabis sativa e ainda espécies de cogumelos alucinógenos. Também plantas cultivadas que são ditas medicinais, mais que, dependendo da dose ou da parte da planta, se tornam mortais. Uma amostra disso é a mamona e sua pequena semente. Só uma semente é necessária para matar um adulto de forma terrível. “A mesma planta que cura, pode te matar!”, diz um aviso.

Como diz a duquesa, patrona do jardim: “A maioria das plantas que matam são bastante interessante”.

E aí, tem coragem de fazer uma visita?

Curiosidade: Plantas que se tornaram famosas por serem citadas em poções nos livros e filmes do Harry Potter estão por lá. Aliás, o próprio jardim já foi cenário para as filmagens dos bruxinhos de Hogwarts.

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Aberto ao público desde 2005, o jardim contou com o apoio dos paisagistas belgas Jacques e Peter Wirtz, para que preparassem um lugar com muito verde e agradável aos visitantes. Foto: thetabula
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Todo o jardim é cercado por muros e grades, além de haver um grande aviso logo na entrada advertindo os visitantes: “Essas plantas podem matar”. Até funcionários do local respeitam essa advertência, utilizando equipamentos de proteção ao manusear as plantas. Foto: bioradar
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É preciso tomar muito cuidado com todas elas, pois algumas flores são tão lindas apesar de mortais, e outras parecem tão inofensivas que é difícil imaginar seu perigo. As belíssimas vincas e os narcisos são exemplo disso. Foto: bioradar

Fonte: smithsonianmagjardimdeflores e jornalciencia