Aos amantes de piercing: cuidado com o Granuloma Piogênico

Piercing: além do queloide, o Granuloma Piogênico pode ser um problema

O granuloma piogênico é um dos efeitos colaterais da colocação do piercing que mais preocupa.

Para aqueles que fazem o uso de piercing ou que estão pensando em colocar, seja na língua, nariz, orelha ou qualquer outra parte do corpo: muito cuidado!

Além da formação do Queloide (que pode ocorrer em algumas pessoas), que é o crescimento excessivo do tecido no momento da cicatrização, geralmente bem avermelhado e saliente, outro problema pode ser mais sério: o Granuloma Piogênico!

Assim como a tatuagem, a cicatrização do furo do piercing também leva um tempo para recuperação total, porém os cuidados com a higiene no local e a assepsia no momento da aplicação influenciará este processo.

O que é granuloma piogênico?

O Granuloma piogênico é popularmente conhecido como “carne exposta” no local da lesão, sempre acompanhado de muitos vasos sanguíneos.

Ele forma um traumatismo no local, uma espécie de “bolinha” de sangue, mole e muito sensível ao toque.

Isso geralmente também acontece com unhas encravadas provocadas por alicates das manicures.

O seu crescimento é rápido e como é formado por muitos vasos sanguíneos formam crostas escuras, inflamação no local, com vermelhidão e dor na área afetada.

Como é uma lesão benigna, resultante de uma agressão no tecido ou por microtraumatistos é considerada de certa forma simples para tratamento médico.

Porém, quando não tratado corretamente ou sem higienização no local pode levar para maiores complicações.

Qual o tratamento para o granuloma piogênico?

O tratamento para o Granuloma piogênico pode variar dependendo da lesão sofrida ou causada pelo piercing.

Lesões pequenas e iniciais podem ser tratadas pela cauterização química, uma substância química (ácido) é colocada no local para remoção, sempre acompanhada por pomadas e/ou antibióticos (que varia para cada caso).

Lesões maiores são tratadas pela eletrocoagulação, uma faísca elétrica destrói o tecido pela desidratação e carbonização das células, é um procedimento cirúrgico realizado somente pelo médico com anestesia local.

Piercing: além do queloide, o Granuloma Piogênico pode ser um problema
O Granuloma piogênico é popularmente conhecido como aquela “carne exposta” no local da lesão, sempre acompanhado de muitos vasos sanguíneos formando um traumatismo no local, uma espécie de “bolinha” de sangue, mole e muito sensível ao toque.

Considerações finais

Então pessoal, muito cuidado quanto à aplicação do piercing, verifiquem os cuidados e higienização do local para aplicação, bem como as normas de segurança e os procedimentos adotados por estes profissionais. Além disso, assim como um ferimento ou lesão, o piercing e a tatuagem é uma agressão no tecido e o mesmo deve ter todos os cuidados de limpeza, assepsia local e qualquer inflamação ou surgimento de anormalidades, procure sempre o médico!






  1. Fábio W. G, et al. Granuloma piogênico exuberante em sítio extragengival. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology.
  2. Alessandra Cristina Reyes et al. GRANULOMA PIOGÊNICO: enfoque na doença periodontal como fator etiológico.  Archives of Oral Research.
  3. Revisão profissional: Dr. Bruno Linhares, Cirurgião Dentista, especialista em procedimentos estéticos, professor universitário