Agora está comprovado: a voz da mãe ajuda no desenvolvimento de bebês prematuros!

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Sabemos que uma gravidez de risco pode ocorrer com várias mulheres pelo mundo e que uma criança ao nascer antes do tempo determinado de nove meses pode afetar drasticamente o desenvolvimento da mesma ao longo de sua vida. Muitos bebês ao nascerem prematuros podem não ter desenvolvido adequadamente seus órgãos e funções vitais a sua sobrevivência.

Todavia, os bebês prematuros ficam no hospital em incubadoras, na UTI (Unidade de Tratamento Intenso) até que atinjam seu desenvolvimento satisfatório para sua sobrevivência e consigam viver sem ajuda de aparelhos médicos. Foi nesse ambiente que alguns cientistas dos Estados Unidos iniciaram um estudo para criar um ambiente nestas incubadoras com as vozes de suas mães para recriar o ambiente natural na qual foram privadas após o seu nascimento.

De acordo com a cientista cognitiva Karin Stromswold da Universidade de Rutgers, em Nova Jersey, a criação desse ambiente com as vozes de suas mães pode ajudar no desenvolvimento de algumas regiões do cérebro desses bebês prematuros que estão muito mais propensos a desenvolver deficiências futuras tanto na audição como na fala, assim como o seu desenvolvimento cognitivo. Essa pesquisa mostra que o córtex auditivo, a região no cérebro que processa o som pode sofrer vários danos em seu desenvolvimento quando nascidos prematuramente e que a voz de suas mães, além de seus batimentos cardíacos podem ajudar para que esse desenvolvimento não seja perturbado.

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Sabemos que uma gravidez de risco pode ocorrer com várias mulheres pelo mundo e que uma criança ao nascer antes do tempo determinado de nove meses pode afetar drasticamente o desenvolvimento da mesma ao longo de sua vida. Foto: parapais

Então, os pesquisadores iniciaram a seguinte experiência: pediram aos pais de 40 bebês do hospital Brigham and Women de Boston, EUA, que participassem desta pesquisa. As mães foram para um estúdio e gravaram canções de ninar, onde seus batimentos cardíacos também foram gravados com ajuda de um estetoscópio ligado a um microfone. Eles removeram os tons mais altos desta frequência de som e inseriram o som restante nas incubadoras por cerca de 45 minutos, cada sessão, totalizando 3 horas diárias em metade destes bebês durante 30 dias. O resultado não poderia ser diferente: o córtex cerebral auditivo dos bebês que ouviram os sons teve um crescimento comparado àqueles que não tiveram esse tratamento. De acordo com Amir Lahav, neurocientista de Harvard, quanto maior for a área cerebral ativada melhor!

As pesquisas nesta área continuam ativamente e esses cientistas concordam que além dos tratamentos tradicionais, a criação deste ambiente chamado Womblike – “ventre bom” – pode ser determinante para o tratamento e desenvolvimento correto do cérebro destes bebês prematuros!

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As pesquisas nesta área continuam ativamente e esses cientistas concordam que além dos tratamentos tradicionais, a criação deste ambiente chamado Womblike – “ventre bom”. Foto: desenvolvimentodobebe

Fontes: sciencemagbabycenter e abril